Materialidade televisiva e ambiência belle époque na minissérie Mad Maria: a lógica sensorial na minissérie como dilema

Autores

  • Solange Wajnman Universidade Paulista
  • Mariana Christina de Farias Tavares Centro Universitário Una

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2015.100866

Palavras-chave:

Ambiência belle époque, cenários, figurinos, sensorialidade, midiatização.

Resumo

A partir do estudo dos recursos expressivos da minissérie Mad Maria, tais como imagens cenográficas e figurino, pretendemos argumentar que essa produção traz, enquanto forma, elementos que apontam para a ambiguidade da visualidade televisiva. Em outras palavras, ao ilustrar paisagens românticas e impressionistas, bem como a ambiência da belle époque com suas luzes, cores reluzentes, tecidos vaporosos e cintilantes para o figurino, o dilema do meio televisivo é anunciado de maneira metafórica. De um lado, o envolvimento sensorial e a fruição estética autônoma do espectador são alavancados por esses elementos, o que favorece a mobilidade do olhar. No entanto, essa mesma condição inicial da percepção começa a se vincular a uma ordem produtiva da empresa, responsável por domesticar o olhar, inserindo-o em uma narrativa linear e em uma figurativização glamourizada.

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Biografia do Autor

  • Solange Wajnman, Universidade Paulista
    Doutora em Sociologia pela Paris V, Sorbonne University com estágio doutoral na Escola Superior de Teatro e Cinema de Portugal e em Estudos Literários na Universidade Federal Fluminense e Professora Titular no PPG em Comunicação e Cultura Midiática na Universidade Paulista.
  • Mariana Christina de Farias Tavares, Centro Universitário Una

    Doutoranda em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais, Mestre pelo Centro Universitário SENAC, docente do Centro Universitário UNA e do Instituto de Comunicação e Artes.

Referências

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Publicado

2015-12-22

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Materialidade televisiva e ambiência belle époque na minissérie Mad Maria: a lógica sensorial na minissérie como dilema. RuMoRes, [S. l.], v. 9, n. 18, p. 25–51, 2015. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2015.100866. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/100866.. Acesso em: 29 mar. 2024.