A dinâmica territorial da expansão do agronegócio sucroalcooleiro: contribuições teóricas para a atuação dos movimentos sociais

Autores

  • Marcos Antonio de Souza

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1808-1150.v0i9p3-24

Palavras-chave:

agronegócio sucroalcooleiro, zoneamento agroecológico, renda da terra, impactos socioambientais, disputas territoriais.

Resumo

Partindo-se da premissa de que a crescente expansão do agronegócio
sucroalcooleiro após a década de 1970 provocou uma série de impactos socioambientais
no espaço agrário brasileiro, a perspectiva de uma expansão ainda maior pela atual
conjuntura nacional e internacional aponta para uma proporcional intensificação desses
impactos. Assim, na medida em que o agronegócio canavieiro se expande pelo país,
ocorreria um aumento proporcional da concentração fundiária, das disputas territoriais
com a produção agroalimentária, além da superexploração da força de trabalho
empregada nos canaviais. Portanto, o governo brasileiro engendrou em 2009 o
Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar, cujo objetivo seria ordenar a produção
canavieira no território brasileiro, de modo a se converter em um instrumento capaz de
demonstrar à opinião pública nacional e internacional a pretensa sustentabilidade do
agronegócio sucroalcooleiro nacional. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é analisar
o zoneamento implementado pelo governo federal sob a ótica da lógica de localização
geográfica do agronegócio sucroalcooleiro, orientada pelo auferimento da renda da terra,
demonstrando que esta política de ordenamento territorial não conseguirá mitigar os
impactos socioambientais inerentes a produção desse agrocombustível sob os moldes do
agronegócio.

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Publicado

2008-12-08

Como Citar

A dinâmica territorial da expansão do agronegócio sucroalcooleiro: contribuições teóricas para a atuação dos movimentos sociais. (2008). Agrária (São Paulo. Online), 9, 3-24. https://doi.org/10.11606/issn.1808-1150.v0i9p3-24