Gestão de museus a partir da aplicação da Avaliação Pós-Ocupação. O caso do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, São Paulo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28e05

Palavras-chave:

Espaço Museológico, Usuário, Avaliação Pós-Ocupação, Gestão de Facilidades

Resumo

No Brasil há poucas pesquisas sobre espaços museológicos que contribuem efetivamente para a gestão destes espaços e muito menos pesquisas com base em levantamentos in situ que priorizam o ponto de vista dos usuários dos museus, sejam estes visitantes, sejam funcionários, como importante estratégia para a conservação, a manutenção e a operação do edifício, do acervo e dos ambientes externos, mitigando, dessa forma, os riscos envolvidos. O artigo parte desse pressuposto e descreve como a Avaliação Pós-Ocupação (APO), um conjunto de métodos e técnicas que abrange a aferição da satisfação dos usuários e a verificação do desempenho físico dos ambientes, pode contribuir na formulação de diagnósticos e de recomendações com vistas à manutenção e à conservação consistentes para o caso de ambientes internos e externos antigos e que abrigam acervos. Para tanto, adotou-se como objeto de estudo exploratório o Museu Histórico e Cultural de Jundiaí – o Solar do Barão – para demonstrar a aplicabilidade da APO no caso de edifícios e espaços exteriores patrimoniados e colocar em discussão seus procedimentos metodológicos como alternativa de planejamento estratégico para museus, relacionando a conservação do edifício, do acervo e dos ambientes externos, com o acolhimento e a sensação de pertencimento dos usuários. Ao final e como resultados da APO aplicada em 2018 nesse caso em particular, apresenta-se um conjunto de recomendações técnico-espaciais e construtivas, para o conjunto edificado e ajardinado em questão e faz-se uma reflexão crítica sobre a necessidade de incorporar procedimentos de manutenção e de uso de espaços museológicos em suas rotinas operacionais e também utilizar esses resultados, sistematicamente organizados, para realimentar futuras readequações do próprio estudo de caso e, de forma ampliada, diretrizes para projetos arquitetônicos. Nessa perspectiva, o artigo destaca a importância do arquiteto especialista nas equipes que desenvolvem os projetos destinados ao restauro e à modernização desses espaços, bem como naquelas equipes que realizam a sua gestão, no decorrer do uso.

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Biografia do Autor

  • Raissa Melo de Souza, Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

    Graduanda da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU USP).

  • Sheila Walbe Ornstein, Universidade de São Paulo.Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

    Professora Titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU USP e bolsista produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

Referências

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Publicado

2020-04-06

Edição

Seção

Museus

Dados de financiamento

Como Citar

Gestão de museus a partir da aplicação da Avaliação Pós-Ocupação. O caso do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, São Paulo. (2020). Anais Do Museu Paulista: História E Cultura Material, 28, 1-41. https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28e05