Moradia escrava na era do tráfico ilegal: senzalas rurais no Brasil e em Cuba, c. 1830-1860

Autores

  • Rafael de Bivar Marquese Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de História

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-47142005000200006

Palavras-chave:

Moradia escrava, Fazendas, Tráfico transatlântico, Controle social, Cuba, Brasil

Resumo

Há um bom tempo a historiografia sobre a escravidão nas Américas analisa o tema da moradia escrava. O debate nas últimas décadas tem girado em torno da discussão da autonomia escrava e do controle senhorial na construção desses espaços, centrando-se em especial na investigação das matrizes africanas das moradias rurais erigidas pelos cativos. Examino, no artigo, a novidade histórica representada por dois tipos específicos de moradia que apareceram após o segundo quartel do século XIX: o barracão de pátio do cinturão açucareiro cubano (na região de Matanzas-Cárdenas-Cienfuegos) e a senzala em quadra do Vale do Paraíba cafeeiro (no Centro-Sul do Império do Brasil). O trabalho demonstra que houve uma articulação histórica estreita entre esses dois arranjos arquitetônicos, passando pela apropriação de certas práticas do tráfico de escravos em solo africano.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2005-12-01

Edição

Seção

Estudos de Cultura Material

Como Citar

MARQUESE, Rafael de Bivar. Moradia escrava na era do tráfico ilegal: senzalas rurais no Brasil e em Cuba, c. 1830-1860 . Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 165–188, 2005. DOI: 10.1590/S0101-47142005000200006. Disponível em: https://revistas.usp.br/anaismp/article/view/5429.. Acesso em: 19 abr. 2024.