DE LAVRADORES A PESCADORES ARTESANAIS: CAMPONESES

Autores

  • Joenes Antônio Guimarães Pereira Fundação Nacional do Índio
  • Dalva Maria da Mota Embrapa Amazônia Oriental

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v26i2p27-40

Palavras-chave:

Seguro-Defeso. Pescadores artesanais. Reprodução social.

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a influência de um programa de política pública motivado por preocupações ambientais – a Política do Seguro Desemprego ao Pescador Artesanal (PSDPA) – para a reprodução social de camponeses no Pará. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo de caso e os procedimentos utilizados foram observações e entrevistas com questionários e roteiro aberto com moradores afiliados e não afiliados à Colônia de Pescadores, beneficiários ou não do Seguro-Defeso. As principais conclusões mostram que os recursos oriundos do Seguro-Defeso foram utilizados diretamente na reprodução social de ciclo curto e geracional, alcançando as atividades realizadas na pesca, na agricultura, no beneficiamento de produtos e no comércio. Na pesca, o maior investimento concentrou-se tanto para diminuir as dificuldades do trabalho quanto para justificar a autodesignação de pescador artesanal. Na agricultura, os recursos foram destinados à intensificação da capacidade de implantação de roças. No beneficiamento, o processamento da farinha e do açaí, combinando o conhecimento tradicional com recursos tecnológicos disponíveis no formato de máquinas, contribuiu para tornar os processos menos penosos e mais eficientes quanto ao volume de processamento. No comércio, a disponibilidade do recurso incentivou iniciativas de comercialização (açaí, frango e “casquinhos”). As atividades compõem arranjos cujos propósitos são, no curto prazo, o aprovisionamento do grupo doméstico e, no longo prazo, a estabilidade indispensável à reprodução social como camponeses que realizam inúmeras atividades.

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Biografia do Autor

  • Joenes Antônio Guimarães Pereira, Fundação Nacional do Índio

    Mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável da UFPA. Indigenista Especializado, Coordenação Técnica da FUNAI em Oiapoque.

  • Dalva Maria da Mota, Embrapa Amazônia Oriental

    Doutora em Sociologia, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA), bolsista de produtividade do CNPq.

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Publicado

2016-07-07

Edição

Seção

Dossiê Amazônia

Como Citar

DE LAVRADORES A PESCADORES ARTESANAIS: CAMPONESES. (2016). Cadernos CERU, 26(2), 27-40. https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v26i2p27-40