Pedagogia da escravidão: memórias extraídas de um processo judicial

Autores

  • Maria Regina Clivati Capelo Universidade do Oeste Paulista

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-45192006000100007

Palavras-chave:

Socialização, Desigualdades, Domesticidade

Resumo

O ensaio focaliza as circunstâncias vividas por uma escrava acusada de homicídio. Da acusação decorreu um processo crime que durou quatro anos durante os quais ficou presa, embora não houvesse provas concretas de sua participação no fato. A hipótese central da pesquisa gira em torno das redes de interdependência social construtoras de subjetividades subalternizadas, uma espécie de pedagogia da escravidão que engendrava domesticidade. Além da enorme desigualdade econômica entre escravos e senhores, brancos e negros, as diferenças étnicas eram ressaltadas como estratégia de classificação entre os próprios escravos. A longa distância que existe entre o presente e aquele passado não apagou completamente as marcas escravistas em nossa sociedade. Naquele contexto, Ambrozina foi o elo mais fraco de todos, pois além de ser negra e escrava, era menina.

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Publicado

2006-01-01

Edição

Seção

Dossiê Amazônia

Como Citar

Pedagogia da escravidão: memórias extraídas de um processo judicial. (2006). Cadernos CERU, 17, 69-91. https://doi.org/10.1590/S1413-45192006000100007