Militantes sob a sombra do presente

Autores

  • Maurício Rombaldi Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-45192009000100011

Palavras-chave:

Gerações de sindicalistas, Privatização das telecomunicações, Práticas militantes

Resumo

A reestruturação nas telecomunicações brasileiras iniciada em meados dos anos 1990 com a quebra do monopólio estatal e a privatização do sistema Telebrás, em 1998, trouxe significativas mudanças para os sindicatos do setor. De um lado, o eixo homogêneo de negociações sindicato/empresa do período estatal fragmentou-se, tornando as negociações geograficamente dispersas. De outro, a nova forma assumida no setor influencia as experiências vivenciadas no trabalho e o perfil dos trabalhadores e novos dirigentes sindicais: agora eles são mais jovens, com escolarização maior e de tipo diverso, e pior remunerados. Disto resulta em diferenças entre distintas gerações de sindicalistas quanto às interpretações do presente e do passado, bem como quanto às percepções sobre a legitimidade das práticas sindicais. Tais diferenças, quando somadas às imposições da reorganização das relações de trabalho no setor, resultam na mudança do padrão de negociação do sindicato, bem como na sua reorganização interna. O presente estudo analisa o impacto da privatização da TELESP no desenvolvimento das práticas militantes no SINTETEL de São Paulo, a partir do caso de dirigentes egressos do sindicato ao logo deste processo de transformações. Para a análise utilizaram-se entrevistas com dirigentes e ex-dirigentes, acordos coletivos, material impresso pelo sindicato, estatutos e dados da RAIS/GAGED.

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Biografia do Autor

  • Maurício Rombaldi, Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Doutorando e mestre em Sociologia pelo Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e
    Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

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Publicado

2009-06-01

Edição

Seção

Dossiê Amazônia

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