Alfabetização semiótica com os códigos informático-digitais da internet

Autores

  • Irene de Araujo Machado Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes
  • Daniela Osvald Ramos Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v24i2p38-53

Palavras-chave:

alfabetização semiótica, códigos informáticos, internet, tecnocultura, autorreferencialidade

Resumo

Neste artigo, abordamos as mudanças sociotécnicas na contemporaneidade a partir de uma abordagem histórica advinda da introdução da internet na cultura. Posteriormente, investigamos a importância do conhecimento dos códigos informático- -digitais neste contexto. Desenvolvemos a hipótese de que é necessário enfrentar a complexidade do entendimento da infraestrutura técnica da rede para que possamos formar cidadãos, e não usuários que consomem toda sorte de códigos a partir de dinâmicas complexas e constantes de codificação e recodificação, sem a competência semiótica adequada para a interpretação crítica a partir da autorreferencialidade que a linguagem nos impõe neste novo quadro histórico. Concluímos que é necessário um projeto de alfabetização que contemple o entendimento do uso dos códigos na comunicação.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Irene de Araujo Machado, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Livre-docente em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professora associada da ECA/USP e do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais.

  • Daniela Osvald Ramos, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Jornalista, professora da graduação em Educomunicação e no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Referências

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: BENAJMIN, Walter. Sobre arte, técnica e política. Lisboa: Relógio D’Água, 1992. p. 71 113.

CAMPOS, Augusto de. Paul Valéry: a serpente e o pensar. São Paulo: Brasiliense, 1984.

BETTETINI, Gianfranco. Las ambigüedades del sujeto informador. BETTETINI, Gianfranco. La conversación audiovisual. Madrid: Cátedra, 1996. p. 63-70.

COLOMBO, Fausto. El ícono ético: la imagen de síntesis y un nuevo paradigma moral. In: TALENS, Jenaro (dir.). Videoculturas de fin de siglo. Madrid: Cátedra, 1990. p. 145 156.

DOG-whistle politics. In: WIKIPEDIA: the free encyclopedia. [San Francisco, CA: Wikimedia Foundation, 20--]. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Dog-whistle_politics. Acesso em: 20 nov. 2019.

ECO, Umberto. Guerrilha semiológica. In: ECO, Umberto. Viagem na irrealidade cotidiana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 65-75.

ENGELS, Friedrich. Humanização do macaco pelo trabalho. In: ENGELS, Friedrich. A dialética da natureza. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

FAUSTO NETO, Antônio. Enunciação, auto-referencialidade e incompletude. Revista FAMECOS, Porto Alegre, v. 14, n. 34, p. 78-85, 2007.

FOUCAULT, Michel. Isto não é um cachimbo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica. Lisboa: Edições 70, 2010.

GALLOWAY, Alexander. Protocol: how control exists after decentralization. Massachusetts: The MIT Press, 2004.

HALL, Stuart. Codificação/decodificação. In: HALL, Stuart; SOVIK, Liv (org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. p. 365-381.

HAN, Byung-Chul. Sociedade da transparência. Petrópolis: Vozes, 2017a.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Petrópolis: Vozes, 2017b.

HAN, Byung-Chul. Topologia da violência. Petrópolis: Vozes, 2017c.

HERN, Alex. Revealed: how TikTok censors videos that do not please Beijing. The Guardian, London, 25 set. 2019. Disponível em: https://www.theguardian.com/technology/2019/sep/25/revealed-how-tiktok-censors-videos-that-do-not-please-beijing. Acesso em: 14 out. 2019.

HISTORY. In: TOR Project. Seattle: The Tor Project, 2011. Disponível em: https://www.torproject.org/about/history/. Acesso em: 27 dez. 2019.

HOFSTADTER, Douglas. Godel, Escher, Bach: an eternal golden braid. New York: Basic Books, 1979.

JAKOBSON, Roman. Linguística e poética. In: JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1971. p. 118-162.

LINGUAGEM assembly. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. [San Francisco, CA: Wikimedia Foundation, 2016]. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembly. Acesso em: 25 out. 2010.

LOTMAN, Iuri. A estrutura do texto artístico. Lisboa: Estampa, 1978.

LOTMAN, Juri. The unpredictable workings of culture. Tallinn: Tallinn University Press, 2013.

MANOVICH, Lev. Database as symbolic form. Convergence, Thousand Oaks, v. 5, n. 2, p. 81-99, 1999. Disponível em: http://con.sagepub.com/content/5/2/80. Acesso em: 5 maio 2019.

MATURANA, Humberto. Emociones y lenguaje en educación y política. Santiago: Dolmen, 1997.

MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Campinas: Psy, 1995.

MCLUHAN, Marshall; FIORE, Quentin. O meio são as massagens: um inventário de efeitos. Rio de Janeiro: Record, 1969.

MORIN, Edgar. O ano zero da Alemanha. Porto Alegre: Sulina, 2009.

PÉREZ, Ignacio. El rol de los proxies y protocolos en la investigación de malware. We live security, Buenos Aires, 29 maio 2015. Disponível em: https://www.welivesecurity.com/la-es/2015/05/29/proxies-y-protocolos-investigacion-malware/. Acesso em: 15 nov. 2019.

PRIGOGINE, Ilya; STENGERS, Isabelle. A nova aliança. 3. ed. Brasília, DF: Editora UnB, 1997.

SHIRKY, Clay. Lá vem todo mundo: o poder de organizar sem organizações. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

THACKER, Eugene. Foreword: protocol is as protocol does. In: GALLOWAY, Alexander. Protocol: how control exists after decentralization. Massachusetts: The MIT Press, 2004. p. XI XXIV.

TIM Berners-Lee. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. [San Francisco, CA: Wikimedia Foundation, 20--]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tim_Berners-Lee. Acesso em: 20 nov. 2019.

VOLLI, Ugo. Factoides y mnemos: por una ecología semiótica. In: TALENS, Jenaro (dir.). Videoculturas de fin de siglo. Madrid: Cátedra, 1990. p. 129-135.

WIENER, Anna. The complicated legacy of Stewart Brand’s “Whole Earth Catalog”. The New Yorker, New York, 16 nov. 2018. Letter from Silicon Valley. Disponível em: https://wwuw.newyorker.com/news/letter-from-silicon-valley/the-complicated-legacy-of-stewart-brands-whole-earth-catalog. Acesso em: 15 nov. 2019.

Publicado

2019-12-30

Como Citar

Alfabetização semiótica com os códigos informático-digitais da internet. (2019). Comunicação & Educação, 24(2), 38-53. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v24i2p38-53