Análise estrutural do sistema de grabens do Rio Tocantins, borda oeste da Bacia do Parnaíba (estados do Tocantins, Pará e Maranhão - Brasil)

Autores

  • Kauê Seoane Souza Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Departamento de Geologia.
  • Emanuel Ferraz Jardim de Sá Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Departamento de Geologia.
  • Fernando César Alves da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Departamento de Geologia.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-442

Palavras-chave:

Bacia do Parnaíba, Sistema de grabens, Estruturas distencionais.

Resumo

A borda oeste da Bacia do Parnaíba apresenta estruturas que a diferenciam do contexto em outras regiões na bacia. Destacam‑se duas estruturas do tipo graben (Araguaína e Muricizal), que compõem o sistema de grabens em estudo, a primeira já no interior da bacia, a segunda implantada diretamente sobre o embasamento cristalino (Faixa Araguaia). Nas bordas do graben principal (Araguaína), as formações Motuca e Pedra de Fogo são balizadas por falhas normais ou normais oblíquas sinistrais. Mais a sul, na região de Palmas-Miracema do Tocantins, o Grupo Serra Grande, a Formação Pimenteiras e o embasamento cristalino estão em contato por falhas normais. O segundo graben, localizado a oeste do principal, também acomoda a Formação Motuca e unidades sotopostas, possuindo a mesma orientação. A análise de imagens SRTM auxiliou na cartografia dos fotolineamentos, dos grabens e, associada aos dados de campo, permitiu a proposição de três eventos deformacionais (D1, D2 e D3). A orientação N-S das falhas envolve uma variação de 20º-30º para E ou W, controlada pelas anisotropias do embasamento cristalino nesta borda da bacia, relacionadas à Faixa Araguaia. Falhas de regime normal e normal sinistral evidenciam uma distensão NE durante a formação dos grabens (evento D1). A idade mínima para D1 é estimada no intervalo Permo-Triássico, baseada nas relações estruturais e estratigráficas. Na região norte do mesmo, fotolineamentos E-W/ENE controlam o alojamento de basaltos e diabásios eojurássicos da Suíte Mosquito (evento D2), que interceptam as estruturas do graben principal. A distensão NNE na Suíte Mosquito e falhas normais ou transcorrentes exibindo distensão NW (evento D3) são tentativamente correlacionadas aos eventos de abertura do Atlântico Central e Sul, respectivamente.

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Publicado

2017-04-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Análise estrutural do sistema de grabens do Rio Tocantins, borda oeste da Bacia do Parnaíba (estados do Tocantins, Pará e Maranhão - Brasil). (2017). Geologia USP. Série Científica, 17(1), 129-141. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-442