Modelamento termal de uma auréola metamórfica em torno de uma intrusão básica hipabissal paleógena na Bacia Potiguar, Nordeste do Brasil

Autores

  • Samir do Nascimento Valcácio Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
  • Zorano Sérgio de Souza Departamento de Geologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
  • José Antônio de Morais Moreira Departamento de Geofísica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
  • Juliana Garrido Damaceno Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-362

Palavras-chave:

Pirometamorfismo, Petrofísica, Bacia Potiguar, Nordeste do Brasil.

Resumo

A Bacia Potiguar possui um volume considerável de rochas básicas alcalinas. Os efeitos térmicos associados a essas rochas em bacias sedimentares podem ocasionar um tipo peculiar de metamorfismo de contato, o pirometamorfismo, capaz de fundir parcialmente as rochas encaixantes e gerar novas rochas. Este trabalho reporta o efeito térmico dessas intrusões cenozoicas, conhecidas como Magmatismo Macau, em rochas cretáceas da Bacia Potiguar, com auxílio de dados de campo, petrografia e petrofísica. Para isso, foi simulado o arrefecimento térmico por meio de modelos matemáticos no entorno do plug São João, localizado a nordeste de Pedro Avelino (estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil), correlacionando-o a mudanças mineralógicas identificadas nas rochas encaixantes. As modificações físicas e texturais mais expressivas na evolução de altas para baixas temperaturas são a fusão parcial e recristalização das rochas encaixantes, compactação e fraturamento hidráulico. O modelamento térmico indica que a auréola metamórfica pode atingir até 150 m do contato. Além disso, as associações minerais relacionadas ao metamorfismo de contato (cordierita, tridimita e espurrita, além de vidro) permitem estimar condições de temperaturas mínimas da ordem de 1.000 °C e pressões de 0,5 kbar. O modelamento térmico sugere que as mudanças mineralógicas e texturais foram efetivas com temperaturas a partir de 400 °C. O tempo de resfriamento estimado para o plug São João é de aproximadamente 10 mil anos. Tais dados são relevantes para entender o efeito do magmatismo na remobilização de hidrocarbonetos e sua influência nos sistemas petrolíferos da Bacia Potiguar. 

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Publicado

2017-08-08

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Valcácio, S. do N., Souza, Z. S. de, Moreira, J. A. de M., & Damaceno, J. G. (2017). Modelamento termal de uma auréola metamórfica em torno de uma intrusão básica hipabissal paleógena na Bacia Potiguar, Nordeste do Brasil. Geologia USP. Série Científica, 17(2), 107-122. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-362