Magmatismo basáltico do Andar Alagoas (Bacia de Campos)

Autores

  • Ana Paula de Oliveira Dani Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Marcus Vinicius Dornelles Remus Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Norberto Dani Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Evandro Fernandes de Lima Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-373

Palavras-chave:

Bacia de Campos, Andar Alagoas, Eocretáceo, Basalto, Classificação Petrogenética, Alteração.

Resumo

Magmatismo associado com o estágio pré-evaporítico da Bacia de Campos foi estudado a partir de testemunhos de quatro furos de sondagens. Os dados levantados são importantes no contexto da evolução tectônica e estratigráfica da bacia. O objetivo deste trabalho foi a caracterização dessas rochas a partir da petrografia, litoquímica, química mineral e composição isotópica Sr-Nd. A aplicação das metodologias de estudo convencionais foi dificultada devido ao grau de alteração das rochas, marcado por modificações mineralógicas (substituição de minerais por argilominerais, palagonitização do vidro vulcânico, sericitização dos plagioclásios e presença de vesículas), ao elevado valor de perda ao fogo (LOI) e à identificação de sedimentos arenosos englobados pela rocha vulcânica. Para minimizar os efeitos da alteração, empregaram-se metodologias que permitiram avaliar o grau de alteração das amostras e a mobilidade dos elementos químicos na rocha total. Os resultados obtidos estabelecem que as rochas vulcânicas são basaltos originados a partir de magmas com composição subalcalina, toleítica a transicional, baixo TiO2 e alto magnésio. Os elementos terras raras (ETR) e o padrão de distribuição dos elementos traço estão em conformidade com o padrão dos basaltos toleíticos baixo TiO2 da Formação Serra Geral e são diferentes dos enriched-mid ocean ridge basalt (E-MORB) e dos ocean island basalts (OIB) do oceano Atlântico, embora alguns elementos tenham comportamento similar. O piroxênio dominante é a augita e, quimicamente, confirma que os basaltos pertencem à série subalcalina, bem como ao intervalo de transição entre as séries cálcio-alcalina e toleítica. Isotopicamente, as amostras estudadas incidem fora do campo estabelecido como “mantle array”; e seguem o comportamento dos basaltos da Bacia de Campos com alto potássio. Os parâmetros levantados estabelecem a correlação das rochas vulcânicas do Andar Alagoas da Bacia de Campos com os basaltos intracontinentais da Bacia do Paraná.

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Publicado

2017-08-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Magmatismo basáltico do Andar Alagoas (Bacia de Campos). (2017). Geologia USP. Série Científica, 17(2), 269-287. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-373