A zona tectônica Teixeira Terra Nova - ZTTTN: fundamentos da geologia regional e isotópica

Autores

  • Benjamim Bley de Brito Neves Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • William Randall Van Schmus University of Kansas; Department of Geology
  • Marianne Kozuch University of Kansas; Department of Geology
  • Edilton José dos Santos Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais; Serviço Geológico do Brasil
  • Liliane Petronilho Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Centro de Pesquisas Geocronológicas

DOI:

https://doi.org/10.5327/S1519-874X2005000100005

Palavras-chave:

Província Borborema, Zona Transversal, Terreno Alto Pajeú, Terreno Riacho Gravatá, Brasiliano, granitos neoproterozóicos

Resumo

Uma zona tectônica linear, de forma sigmoidal, ocorre de Teixeira (Paraíba, ao norte-nordeste) a Terra Nova (Pernambuco, ao sul-sudoeste), com disposição diagonal ao domínio da Zona Transversal - ZT, que é a porção central da Província Borborema, de forma a subdividir a ZT em dois domínios lito-estruturais e geotectônicos distintos. Para norte e noroeste ficam os terrenos do Riacho Gravatá - RG (Eoneoproterozóico) e Piancó-Alto Brígida - PAB (Neoproterozóico), caracterizados por baixo grau de metamorfismo. Para o sul e sudeste fica o terreno Alto Pajeú (TAP, Eoneoproterozóico, ortognaisses e rochas supracrustais mesozonais) e seu embasamento, terreno Alto Moxotó - TAM (Paleoproterozóico), de grau médio a elevado de metamorfismo. Esta zona linear ou"alto" constituído de ortognaisses (do TAP e do embasamento paleoproterozóico que aflora esparsamente) é perlongado e marcado por uma série quase contínua de rochas intrusivas, plutões e stocks graníticos variados e sieníticos do tempo Ediacarano (idades entre 630 e 570 Ma, principalmente). Na história evolutiva desta porção linear particularmente soerguida do Planalto da Borborema há o registro (direto e/ou indireto) de eventos geológicos policíclicos, do Paleoproterozóico, do Eoneoproterozóico, do Ediacarano, do Eocambriano e do Cenozóico (sedimentação correlativa, elaboração de crostas e soerguimento regional), com implicações interessantes na geografia e sócio-economia regional. No presente trabalho será dada ênfase aos dados isotópicos (métodos Rb-Sr, Sm-Nd sobretudo) desta zona diferenciada, e nos contextos por ela separados, assim como no seu papel dentro do contexto tectônico regional, usufruindo para isto de expressivo acervo de dados geológicos e isotópicos, obtidos na última década (grande parte do qual ainda inédita). Além disso, hipóteses interpretativas serão postuladas para esta linha axial tectônica que subdivide a Zona Transversal em domínios geológicos distintos, considerando-a como conseqüência e subproduto de três processos paralelos de subducção no Neoproterozóico.

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Publicado

2005-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A zona tectônica Teixeira Terra Nova - ZTTTN: fundamentos da geologia regional e isotópica . (2005). Geologia USP. Série Científica, 5(1), 57-80. https://doi.org/10.5327/S1519-874X2005000100005