A faixa de dobramento Paraguai na Serra da Bodoquena e depressão do Rio Miranda, Mato Grosso do Sul

Autores

  • Ginaldo Ademar da Cruz Campanha Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Paulo César Boggiani Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental
  • William Sallun Filho Secretaria do Meio Ambiente; Instituto Geológico
  • Fernanda Rostirola de Sá Petrobras - Petróleo Brasileiro S.A
  • Mariana de Paula Souza Zuquim Petrobras - Petróleo Brasileiro S.A
  • Thiago Piacentini University of Queensland; School of Earth Sciences

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000300005

Palavras-chave:

Brasiliano, Faixa móvel, Grupo Corumbá, Grupo Cuiabá, Neoproterozoico, Ediacarano

Resumo

A Faixa Paraguai meridional evoluiu como um típico fold-and-thrust belt. Sua evolução principia por rifteamento, provavelmente no final do Criogeniano, evoluindo para mar restrito e transgressão marinha extensiva até o final do Ediacarano. O final do processo colisional ocorreu no início do Cambriano, com magmatismo pós-colisional no Cambriano Superior. O Grupo Corumbá é subdividido em cinco formações (Cadiueus, Cerradinho, Bocaina, Tamengo e Guaicurus), estratigrafia esta observada até nas porções mais deformadas no centro-leste da área. A Formação Puga é colocada como correlata às suas formações basais, Cerradinho e Cadiueus. No extremo oeste da área, o Grupo Corumbá está depositado em inconformidade sobre o bloco cratônico Rio Apa. Para os xistos do extremo leste da área, é proposto o nome local Xistos Agachi. Durante o Ediacarano, sincronicamente com a deformação, granitogênese de arco e metamorfismo do Grupo Cuiabá a leste, ter-se-ia a deposição das formações Tamengo e Guaicurus a oeste, provavelmente num contexto de bacia de ante país (foreland). São observadas até três fases de dobramento sobrepostas coaxiais, associadas a metamorfismo de fácies xisto-verde e sistemas de falhas de empurrão, com vergência tectônica para oeste. A convergência colisional em direção ao bloco Rio Apa não foi completamente frontal, existindo algum grau de obliquidade, com vetores de convergência em torno de WNW-ESE. A variação do estilo estrutural e metamórfico pode ser explicada pela migração do front deformacional de leste para oeste. As principais falhas de empurrão coincidem com limites bacinais importantes, sugerindo que estes empurrões reativaram falhas lístricas do estágio rifte.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2011-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Campanha, G. A. da C., Boggiani, P. C., Sallun Filho, W., Sá, F. R. de, Zuquim, M. de P. S., & Piacentini, T. (2011). A faixa de dobramento Paraguai na Serra da Bodoquena e depressão do Rio Miranda, Mato Grosso do Sul . Geologia USP. Série Científica, 11(3), 79-96. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000300005