A criança, a mãe social e o abrigo: limites e possibilidades

Autores

  • Paula Cristina Nogueira Universidade Paulista
  • Liana Fortunato Costa Universidade de Brasília; Instituto de Psicologia; Departamento de Psicologia Clínica

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.19769

Palavras-chave:

Criança institucionalizada, Abrigo, Mãe social

Resumo

Esse trabalho pretende elaborar reflexões acerca da realidade das crianças que se encontram em situação de abrigamento, buscando compreender a função do educador neste contexto. Para tanto desenvolvemos uma pesquisa qualitativa e em uma instituição que recebe e acolhe crianças no período de zero a três anos de idade, que ficam sob a responsabilidade de uma mãe social. O lar social estudado contava com 12 crianças e 4 adolescentes, sendo um deles filho biológico da mãe social. Utilizamos a etnometodologia, num total de seis observações, sobre a rotina de cuidados, sobre momentos de brincadeiras das crianças e sobre o momento da alimentação e da hora de dormir. As observações nos levaram a concluir que a qualificação das mães sociais seria o aspecto mais importante a ser observado para o oferecimento de cuidados adequados às crianças que permanecem em situação de abrigamento.

Referências

Eliacheff C. Corpos que gritam. São Paulo: Ática; 1995.

Golse B. Sobre a psicoterapia pais-bebê: narratividade, filiação e transmissão. São Paulo: Casado Psicólogo; 2003.

Winnicott DW. O ambiente e os processos de maturação. Trad. I. C. S. Ortiz. Porto Alegre: Artes Médicas; 1990.

Winnicott DW. Os bebês e suas mães. Trad. JL Camargo. São Paulo: Martins Fontes; 1999.

Winnicott DW. Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas. Trad D. Bogomoletz. Rio de Janeiro: Imago, 2000.

Bowlby J. Formação e rompimento dos laços afetivos. Trad. A. Cabral São Paulo: Martins Fontes; 2001.

Bowlby J. Apego: a natureza do vínculo Trad. A Cabral. São Paulo: Martins Fontes; 2002. v.1.

Spitz R. O primeiro ano de vida. Trad. EMB Rocha. São Paulo: Martins Fontes; 2000.

Weber LND, Kossobudzki LHM. Filhos da solidão: institucionalização, abandono e adoção. Curitiba: Governo do Estado do Paraná; 1996.

Bosse-Platière S. Les maternités professionnelles. Toulouse: Érès; 1989.

David M. La parole est aux soignantes! In: DavidM. Organizador. Le bébé, ses parents, leurs soig-nantes. Ramonville Saint-Agne: Èrés; 2001. p.11-24.

David M. Pour une meilleure connaissance du-bébé. Contributions de l’Institute Emmi-Pikler. In:Szanto-Feder A. Organizador. Lóczy: un nouveauparadigme? L’institute Pikler à facettes multiples.Paris: Presses Universitaires de France; 2002. p.32-50.

Winnicott DW. Privação e delinqüência. Trad. A Cabral. São Paulo: Martins Fontes; 1999.

Golse B. Les très jeunes enfants en institution: un paradigme pour les psychanalystes. In: Szanto-Feder A. Organizador. Lóczy: Un nouveau paradigme? L’institute Pikler à facettes multiples. Paris: Presses Universitaires de France; 2002. p.23-29.

Justo JS. A institucionalização vivida pela criança de orfanato. In: Merisse A, Justo J S, Rocha LC, Vasconcelos MS. Organizadores. Lugares da infância: reflexões sobre a história da criança na fábrica, creche e orfanato. São Paulo: Arte & Ciência; 1997. p. 71-92.

Marin ISK. Febem, família, identidade: o lugar do outro. São Paulo: Escuta; 1999.

Pereira JMF A adoção tardia frente aos desafios na garantia do direito à convivência familiar Brasília (DF) ;2003. [Dissertação de Mestrado - Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília].

Demo P. Pesquisa e informação qualitativa: aportes metodológicos. Campinas: Papirus; 2001.

Haguette MTF. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes; 2000.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec-Abrasco; 1992.

Durning P. Toute institution accueillant et soignan-tdes enfants est-elle potentiellement mal traitan-te? In: Gabel M, Jésu F, Manciaux M. Organizadores. Maltratainces institutionnelles: accueillir etsoigner les enfants sans les maltraiter Paris: Édi-tions Fleurus; 1998. p. 71-86.

Rapoport D. Du depot à l’accueil: vers des pou-ponnières différentes? In: Dolto F, Rapoport D, This B. Organizadores. Enfants en souffrance. Paris: Stock Laurence Pernoud; 1981. p. 51-79.

Appell G. L’érradication de la carence en collec-tivité. Risques encourus par les soignants de jeunes enfants séparés de leus famille. In: Soulé M. Organizador. Les soignants à risques dans les interactions en faveur de la petite enfance Paris: ESF; 1986. p. 43-59.

Bosse-Platière S, Dethier A, Fleury C, Pasquier NL. Accueillir le jeune enfant: quelle professinalisation? Ramonville Saint-Agne: Érès; 1995.

David M Institutions pour bébés: un bien, unmal? In: Delion P. Organizador. Le bébé et sesinstitutions Ramonville Saint-Agne: Èrés; 2001.p.7-15.

Winnicott DW. O brincar e a realidade. Trad.J. O.A. A. Abreu e V. Nobre. Rio de Janeiro: Imago; 1975.

David M, Falk J, Tardos A. Le bébé en souf france: accueil, soins thérapeutiques. In: Appell G, Tardos A. Organizadores. Prendre soin d’un jeune enfant. Ramonville Saint-Agne: Érès; 1998.p. 129-158.

Pikler E. Se mouvoir en liberté dès le premier âge.Trad. A. Szanto Vendôme: Presses Universitaires de France; 1978.

Pikler E. Importance du mouvement dans le developpement de la personalité. Med Infantil 1984;91A(3): 273-8.

Tardos A, David M. De la valeur de l’activitélibre du bébé dans l’elaboration du self. Devenir 1991;3(1): 9-33.

Fleury C. Muriel, Tünde et quelques réflexionssur le soin thérapeutique et l’attitude professionnelle. In: Clerget J. Organizador. L’accueil des tout-petits Ramonville Saint-Agne: Erès; 1998. p.69-85.

Tardos A. L’observation du nourrisson par lamère ou son substitute et ses effets sur l’imagequ’ils se font de l’enfant ainsi que, ce qui s’ensuit,sur leurs attitudes. In: Szanto A. Organizador. Lóczy: Un nouveau paradigme? L’institute Piklerà facettes multiplex Paris: Presses Universitairesde France; 2002. p. 61-71.

Downloads

Publicado

2005-12-01

Edição

Seção

Pesquisa Original