Família, relativismo cultural e injustiça social no campo do desenvolvimento humano

Autores

  • Fernando Lefèvre

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.38124

Palavras-chave:

Família, Relativismo cultural, Desenvolvimento Humano, Sociologia, Antropologia.

Resumo

Há um grave equivoco subjacente à propaganda a-critica (e à prática que dela decorre) que se faz hoje do relativismo cultural, que consiste em confundir a perspectiva antropológica que - muito justamente - enterrou definitivamente todas as formas de etnocentrismo e, junto com elas, as idéias nazistas e eugênicas da raça ou cultura superior, com a perspectiva sodológica que - de modo igualmente justo - busca descrever a persistência e, por que não, o incremento da injustiça social. Estas duas perspectivas enfocam aspectos visceralmente distintos da realidade que, se confundidos, dão margem a graves problemas que dificultam e, às vezes, impedem a compreensão adequada do mundo contemporaneo, fazendo com que as pessoas encontrem dificuldades para distinguir, simplificando, padrões culturais de pobreza. Estes equivocos e as confusões deles decorrentes permeiam, também, o campo da familia e do desenvolvimento humano.

Biografia do Autor

  • Fernando Lefèvre
    Professor Doutor da Faculdade de Saúde Pública/USP, Coordenador Científico do Centro de Estudos do Crescimento e do Desenvolvimento do Ser Humano - CDH.

Referências

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Publicado

1994-06-19

Edição

Seção

Opinião/Atualização