Variabilidade da frequência cardíaca de adolescentes saudáveis em repouso

Autores

  • Franciele Marques Vanderlei UNESP; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia
  • Renata Claudino Rossi UNESP; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia
  • Naiara Maria de Souza UNESP; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia
  • Denise Aparecida de Sá UNESP; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia
  • Tatiana Mangetti Gonçalves UNESP; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia
  • Carlos Marcelo Pastre UNESP; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia
  • Luiz Carlos de Abreu Faculdade de Medicina do ABC; Laboratório de Escrita Científica
  • Vitor Engrácia Valenti UNESP; Faculdade de Filosofia e Ciências; Departamento de Fonoaudiologia
  • Luiz Carlos Marques Vanderlei UNESP; Faculdade de Ciências e Tecnologia; Departamento de Fisioterapia

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.44947

Palavras-chave:

frequência cardíaca, sistema nervoso autônomo, cardiologia, adolescente

Resumo

OBJETIVO: descrever a função autonômica cardíaca de adolescentes saudáveis entre 13 e 18 anos. METODO: foram analisados dados de 93 adolescentes, de ambos os sexos, divididos em três grupos de acordo com a faixa etária: Grupo A de 13 a 14 anos (n=26), Grupo B de 15 a 16 anos (n = 30) e Grupo C de 17 a 18 anos (n = 17). O protocolo consistiu na captação da frequência cardíaca, batimento a batimento, durante vinte minutos em repouso na posição supino, com respiração espontânea. A análise do comportamento autonômico cardíaco foi realizada pelo método da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), por meio dos índices do plot de Poincaré (SD1, SD2 e relação SD1/SD2) e sua análise qualitativa, e dos índices lineares no domínio do tempo (RMSSD e SDNN) e da frequência (LFun, HFun e LF/HF). Teste de One-Way Anova ou teste de Kruskal-Wallis foi aplicado para comparação intergrupos, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: não houve diferença significante em nenhum dos índices quando comparados os três grupos estudados. Além disso, a análise visual do plot de Poincaré permitiu observar para todas as faixas etárias avaliadas grandes dispersões dos intervalos RR, indicando que esses grupos apresentam boa VFC. CONCLUSÃO: não ocorreram modificações da VFC nas diferentes faixas etárias analisadas, no entanto os resultados permitiram estabelecer um padrão para cada grupo estudado, tornando-se importante ferramenta para comparação da função autonômica cardíaca entre sujeitos saudáveis e doentes, ou em diversos âmbitos.

Referências

Neves VFC, Perpétuo NM, Sakabe DI, Catai AM, Gallo Jr L, Silva de Sá MF, et al. Análise dos índices espectrais da variabilidade da frequência cardíaca em homens de meia idade e mulheres na pós-menopausa. Rev Bras Fisioter. 2006;10(4):401-6. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552006000400007

Paschoal MA, Volanti VM, Pires CS, Fernandes FC. Variabilidade da frequência cardíaca em diferentes faixas etárias. Rev Bras Fisioter.2006; 10(4):413-9. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552006000400009

Grupi CJ. Variabilidade da Frequência Cardíaca. 1998 [Citado 2008 Abr 14]; Disponível em: http://www.cardios.com.br/Jornais/jornal-02/tese.htm/

Ribeiro TF, Azevedo GD, Crescencio JC, MaraesVR, Papa V, Catai AM, et al. Heart rate variability under resting conditions in postmenopausal and young women. Braz J Med Biol Res. 2001;34(7):871-7. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2001000700006

Lopes FL, Pereira FM, Reboredo MM, Castro TM, Vianna JM, Novo Jr JM, et al. Redução da variabilidade da frequência cardíaca em indivíduos de meia-idade e o efeito do treinamento de força. Rev Bras Fisioter. 2007;11(2):113-9. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552007000200005

Task Force of the European Society of Cardiology and the North American Society of Pacing and Electrophysiology. Heart rate variability: standards of measurement, physiological interpretation and clinical use. Circulation. 1996; 93(5):1043-65. Doi: 10.1161/01.CIR.93.5.1043

Vanderlei LCM, Pastre CM, Hoshi RA, Carvalho TD, Godoy MF. Noções básicas de variabilidade da frequência cardíaca e sua aplicabilidade clínica. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2009;24(2):205-17. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-76382009000200018

Smith AL, Reynolds KJ, Owen H. Correlated Poincare indices for measuring heart rate variability. Australas Phys Eng Sci Med. 2007;30(4):336-41.

Lerma C, Infante O, Pérez-Grovas H, José MV. Poincaré plot indexes of heart rate variability capture dynamic adaptations after haemodialysis in chronic renal failure patients. Clin Physiol Funct Imaging. 2003; 23(2):72-80. Doi: 10.1046/j.1475-097X.2003.00466.x

Khaled AS, Owis MI, Mohamed ASA. Employing time-domain methods and poincaré plot of heart rate variability signals to detectcongestive heart failure. BIME Journal. 2006;6(1):35-41.

Tulppo MP, Makikallio TH, Takala TES, SeppanenT, Huikuri HV. Quantitative beat-to-beat analysis of heart rate dynamics during exercise. American Journal of Physiology (Heart Circ. Physiol.) 1996; 271(7):H244-H252.

Brunetto AF, Silva BM, Roseguini BT, Hirai DM, Guedes DP. Limiar ventilatório e variabilidade da freqüência cardíaca em adolescentes. Rev Bras Med Esporte. 2005; 11(1):22-7. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922005000100003

Woo MA, Stevenson WG, Moser DK, Trelease RB, Harper RM. Patterns of beat to beat heart rate variability in advanced heart failure. Am Heart J. 1992; 123(3):704-10. Doi: http://dx.doi.org/10.1016/0002-8703(92)90510-3

Vito GD, Galloway SDR, Nimmo MA, Maas P, McMurray JJV. Effects of central sympathetic inhibition on heart rate variability during steady-state exercise in healthy humans. Clin Physiol Func Im. 2002; 22(1):32-8. Doi:10.1046/j.1475-097X.2002.00395.x

Voss A, Schroeder R, Truebner S, Goernig M, Figulla HR, Schirdewan A. Comparison of nonlinear methods symbolic dynamics, detruded fluctuation, and Poincaré plot analysis in risk stratification in patients with dilated cardiomyopathy. Chaos. 2007;17(1):015120. Doi: http://dx.doi.org/10.1063/1.2404633

Higgins JP. Nonlinear systems in medicine. YaleJ Biol Med. 2002; 75(5-6):247-60.

Huikuri HV, Makikallio TH, Perkiomaki J. Measurement of Heart Rate Variability by Methods Based on Nonlinear Dynamics. J Electrocardiol. 2003; 36(Suppl):95-9. Doi: 10.1016/j.jelectrocard.2003.09.021

Finley JP, Nugent ST. Heart rate variability in infants, children and young adults. J Auton Nerv Syst. 1995; 51(1):103-8. Doi: http://dx.doi.org/10.1016/0165-1838(94)00117-3

Meersman RE, Stein PK. Vagal modulation and aging. Biol Psychol. 2006; 74(2):165-73. Doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.biopsycho.2006.04.008

Migliaro ER, Contreras P, Bech S, Etxagibel A, Castro M, Ricca R, et al. Relative influence of age, resting heart rate and sedentary life style in short-term analysis of heart rate variability. Braz J Med Biol Res. 2001; 34(4):493-500. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2001000400009

Goto M, Nagashima M, Baba R, Nagano Y, Nishibata K, Tsuji A. Analysis of heart rate variability demonstrates effects of development on vagal modulation of heart rate in health y children. J Pediatr. 1997; 130(1):725-9. Doi: http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(97)80013-3

Cole TM, Bellizzi MC, Flegal KM, Dietz WH. Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. BMJ. 2000; 320(6):1-6. Doi: 10.1136/bmj.320.7244.1240

Lohman TG, Roche AF, Martorell R. Anthropometric Standardization Reference Manual. Champaign: Human Kinetics Books; 1988.

Gamelin FX, Berthoins S, Bosquet L. Validity of the polar S810 heart rate monitor to measure R-R intervals at rest. Med Sci Sports Exerc.2006; 38(5):887-93. Doi: 10.1249/01.mss.0000218135.79476.9c

Kingsley M, Lewis MJ, Marson RE. Comparison of polar S810s and an ambulatory ECG system for RR interval measurement during progressive exercise. Int J Sports Med. 2005; 26(1):39-44. Doi: 10.1055/s-2004-817878

Vanderlei LCM, Silva RA, Pastre CM, Azevedo FM, Godoy MF. Comparison of the Polar S810i monitor and the ECG for the analysis of hear trate variability in the time and frequency domains. Braz J Med Biol Res. 2008;41(10):854-9. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2008005000039

Godoy MF, Takakura IT, Correa PR. Relevância da análise do comportamento dinâmico não linear (Teoria do Caos) como elemento prognóstico de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica. Arq Ciênc Saúde. 2005; 12(4):167-71.

Tulppo MP, Mäkikallio TH, Seppänen T, Laukkanen RT, Huikuri HV. Vagal modulation o fheart rate during exercise: effects of age and physical fitness. Am J Physiol. 1998; 274(2Pt2):H424-9.

Tarvainen MP, Niskanen JP, Lipponen JA, Ranta-aho PO, Karjalainen PA. Kubios HRV – A Software for Advanced Heart Rate Variability Analysis. ECIFMBE. 2008; 1022-5.

Lima JRP, Kiss MAPDM, Limiar de variabilidade da freqüência cardíaca. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 1999; 4(1):29-38.

Vuksanovic V, Gal V. Nonlinear and chaos characteristics of heart period time series: healthy aging and postural change. Autonomic Neuroscience: Basic and Clinical. 2005; 121(1-2):94-100.

Downloads

Publicado

2012-08-01

Edição

Seção

Pesquisa Original