O valor do eletroencefalograma na avaliação de suspeitas de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em crianças com epilepsia

Autores

  • Diego Carrão Winckler Universidade de Passo Fundo
  • Valéria Winkaler Jeremias Universidade de Passo Fundo
  • Lorena Teresinha Consalter Geib Universidade de Passo Fundo
  • Ana Maria Bellani Migott Universidade de Passo Fundo
  • Fernando Luiz Giacomini Universidade de Passo Fundo
  • Magda Lahorgue Nunes Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.19964

Palavras-chave:

validade dos testes, eletroencefalografia, desenvolvimento infantil

Resumo

OBJETIVOS: avaliar o desempenho do Eletroencefalograma (EEG) na predição de suspeitas de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em crianças menores de cinco anos de idade com triagem positiva para epilepsia. MÉTODO: uma amostra de 1687 (73,8%) crianças de uma coorte de nascidos vivos no ano de 2003 em Passo Fundo/RS foi rastreada nos domicílios para detecção de crises convulsivas. Os casos identificados foram encaminhados para a Entrevista Neurológica para Epilepsia, avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor com o Teste de Denver II e exame eletroencefalográfico. Calculou-se a sensibilidade, a especificidade e valor preditivo do EEG, tomando-se como padrão-ouro a avaliação clínica. RESULTADOS: das 541 (32%) crianças com rastreamento positivo, 59 apresentaram crises convulsivas e 37 realizaram o Teste de Denver II e EEG. Constatou-se 68,9% de EEG alterados e 84,8% de suspeitas de atraso de desenvolvimento, com associação significativa (p<0,03) entre os dois exames. A sensibilidade do EEG foi de 69% e a especificidade de 75%, com VPP de 91%. CONCLUSÃO: O estudo demonstrou que o EEG se associa ao diagnóstico precoce de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, ampliando a detecção de casos suspeitos.

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Publicado

2010-08-01

Edição

Seção

Pesquisa Original