O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v31i1p29-49Palavras-chave:
escrita, análise do discurso, retórica, idiomaticidade, abordagens ao ensino PL2.Resumo
Recorrendo a dados de corpora em dissertações de doutorado em linguística concluídas recentemente na UEM, analisamse, no presente artigo, segmentos discursivos infelizes na escrita de alunos universitários moçambicanos que têm o Português como língua segunda (PL2). Discute-se, especificamente, a natureza da infelicidade discursiva quanto a engenhos retóricos (marcadores) e outros elementos idiomáticos e culturais. Assume-se que os aprendentes de uma língua, a nível avançado, devem adquirir as necessárias convenções e preferências retóricas e discursivas, para que o processamento linguístico-discursivo seja cada vez mais determinado por práticas da coesão textual e da coerência discursiva. A idiomaticidade, que é pessoalizada e idiossincrática, tem a ver com formações que são peculiares a utentes de uma determinada língua e cultura, e que são normalmente reconhecidas por escreventes nativos ou quase-nativos. Argumenta-se que o escrevente PL2, em média, não tem normalmente dificuldades com o conteúdo da mensagem, embora tenda, por vezes, a evidenciar problemas no modo como estrutura esse conteúdo. Revela também problemas de tipologia textual e idiomaticidade, quer por defeito (escrita sub-idiomática), quer por excesso (escrita sobre-idiomática), quando comparados com a escrita nativa. Para superar este tipo de problemas, entendemos que o processo de ensino-aprendizagem é melhor servido quando é centrado no aprendente.Downloads
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