Devemos continuar a escrever histórias da literatura?

Autores

  • Hans Ulrich Gumbrecht Stanford University
  • Caio César Esteves de Souza Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2018.154418

Palavras-chave:

história literária, teoria literária, crise de representação

Resumo

Neste ensaio, Hans Ulrich Gumbrecht busca responder à questão proposta no título por meio de cinco passos. Primeiramente, ele apresenta uma breve história do surgimento dos estudos literários como um campo do saber. Em seguida, descreve o aparecimento da história literária como uma possibilidade discursiva. No terceiro passo, demonstra de que maneira a era de ouro da história literária, em fins do século XIX, coincide com o surgimento da teoria literária como uma subárea acadêmica. No quarto passo, demonstra como as últimas décadas do século XX colocaram em xeque o tipo de historicidade que estava na base das histórias literárias produzidas até então, o que nos leva de volta, na última parte deste ensaio, à questão: nesse contexto, devemos continuar a escrever histórias da literatura?

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Biografia do Autor

  • Hans Ulrich Gumbrecht, Stanford University

    HANS ULRICH “SEPP” GUMBRECHT (1948) – Intelectual alemão natural de Wurtzburgo e que produziu obras de imensa repercussão internacional nos campos da filosofia, filologia e estética, além de teoria, crítica e historiografia literárias. Dentre as suas maiores contribuições teóricas se destacam certamente os conceitos de Stimmung (termo de difícil tradução, que pode ser entendido como Atmosfera ou Ambiência) e a proposta de um componente de Presença no contato humano com o mundo que, em tensão com o componente de Sentido, constituiria a experiência estética. Gumbrecht recebeu títulos de doutor honoris causa em universidades de diversos países, desde o Canadá até a Alemanha, Rússia, Portugal, Geórgia, Hungria e Dinamarca. Foi professor na Universidade de Bochum e na Universidade de Siegen, na Alemanha, antes de ocupar a cadeira Albert Guérard de Literatura na Universidade de Stanford, em 1989, onde atualmente é professor emérito. Gumbrecht tem inúmeros livros publicados em diversos países; dentre os traduzidos ao português brasileiro, destacam-se Atmosfera, Ambiência, Stimmung: Sobre um potencial oculto da literatura (2014, Contraponto & PUC-RJ) e Produção de Presença: O que o sentido não consegue transmitir (2016, Contraponto & PUC-RJ). Está atualmente trabalhando em seu novo livro, com título provisório de Prose of the World: Diderot, Goya, Lichtenberg, and Mozart and an End of Enlightenment.

  • Caio César Esteves de Souza, Universidade de São Paulo (USP)

    Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira. Interessa-se especialmente pela produção artística dos séculos XVI, XVII e XVIII e pelos estudos em Teoria Literária e questões coloniais. Desenvolveu projeto de Iniciação Científica sobre a poesia de Castro Alves na área de Literatura Brasileira da FFLCH-USP sob orientação do Prof. Dr. João Adolfo Hansen. Essa pesquisa foi premiada com a menção honrosa no SIICUSP de 2013 e escolhida entre as 10 melhores iniciações científicas realizadas na USP aquele ano. Recentemente, concluiu o mestrado na área de Literatura Brasileira da FFLCH-USP, com projeto sobre Alvarenga Peixoto e a poesia árcade luso-brasileira. Esse mestrado foi aprovado com distinção, louvor e recomendação para publicação em 2017, resultando no livro "Poesia Completa de Alvarenga Peixoto", que será publicado pela Editora Perspectiva, em parceria com a Biblioteca Brasiliana da USP. Tanto o mestrado quanto a Iniciação Científica foram financiados pela FAPESP. 

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Publicado

2018-12-27

Edição

Seção

Tradução

Como Citar

Devemos continuar a escrever histórias da literatura?. (2018). Magma, 25(14), 243-256. https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2018.154418