Villa-Lobos e o modernismo da Primeira República

Autores

  • Lutero Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.11606/rm.v19i2.165306

Palavras-chave:

Villa-Lobos, Música brasileira, Modernismo, Nacionalismo musical

Resumo

Embora o que é reconhecido como Modernismo no Brasil tenha sido iniciado com a Semana de Arte Moderna de 1922, impondo-se à cultura do país e obrigando tudo aquilo que o antecedeu a ser visto segundo sua ótica exclusiva, a atividade cultural anterior, a partir da República, tivera características próprias e diferenciadas que não poderiam ser negligenciadas.  Este trabalho pretende questionar a visão de um único Modernismo, tomando Villa-Lobos como figura central, já que o compositor atuou nos anos anteriores à Semana, e depois dela, tornou-se o principal nome da música nacionalista brasileira. 

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Biografia do Autor

  • Lutero Rodrigues

    Doutor em Musicologia pela Escola de Comunicações e Artes da USP, em 2009, e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes-Música, do Instituto de Artes da UNESP, em 2001. Entre todas suas atividades, prioriza o estudo, pesquisa, interpretação e divulgação da música brasileira, atuando em três áreas principais: Regência, Musicologia e Ensino universitário. Ao regressar de um período em que continuou seus estudos, na Alemanha, de 1981 a 1983, dedicou-se à formação de jovens instrumentistas, dirigindo inúmeros festivais de música, com destaque para o Festival de Inverno de Campos do Jordão, do qual foi Diretor Artístico, de 1987 a 1990. Como Regente, durante 20 anos, foi diretor de diversas orquestras, destacando-se o período em que esteve à frente da Sinfonia Cultura - Orquestra da Rádio e TV Cultura, de São Paulo, entre 1998 e 2005. Foi Regente convidado da maioria das principais orquestras brasileiras e também atuou no exterior, priorizando sempre o repertório brasileiro, do qual é responsável pela estréia de mais de uma centena de obras. Na área de Musicologia, produziu numerosos textos sobre diversos compositores brasileiros e suas obras, vários deles publicados, com ênfase nas linhas de Análise e Interpretação, bem como História, Estilo e Recepção. Realizou inúmeras revisões e edições de músicas orquestrais brasileiras, tanto destinadas a projetos, como da Petrobrás, quanto a instituições, como a Academia Brasileira de Música. Em diversas ocasiões dedicou-se ao Ensino, sobretudo da Regência, passando a ser Professor desta matéria e outras correlatas, em cursos universitários de Graduação, com destaque para o Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista - UNESP, desde 2005. Em 2002, foi eleito membro da Academia Brasileira de Música, passando a ocupar a Cadeira número 36.

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Publicado

2019-12-21

Como Citar

Villa-Lobos e o modernismo da Primeira República. (2019). Revista Música, 19(2), 244-252. https://doi.org/10.11606/rm.v19i2.165306