Avaliação do conhecimento dos médicos da atenção primária sobre rastreamento de câncer colorretal em um município de Sergipe

Autores

  • Mayara da Silva Custódio Universidade Federal de Sergipe
  • Anderson Santos dos Anjos Universidade Federal de Sergipe https://orcid.org/0000-0002-6675-3318
  • Debora do Nascimento Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Fernando Every Belo Xavier Universidade Federal de Sergipe. Departamento de Medicina Lagarto
  • Ana Maria Fantini Silva Universidade Federal de Sergipe. Departamento de Medicina Lagarto

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v52i2p91-97

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Neoplasias Colorretais, Programas de Rastreamento

Resumo

Modelo do estudo: Estudo observacional transversal.

Objetivo: Avaliar o conhecimento dos médicos prestadores de serviço na Atenção Primária à Saúde do município de Lagarto, Sergipe, sobre o rastreamento das neoplasias colorretais.

Metodologia: Estudo quantitativo e qualitativo transversal, realizado com médicos atuantes na Atenção Primária do município de Lagarto, Sergipe.

Resultados: Vinte e cinco médicos (92,5%) responderam ao questionário. A maioria deles (76%) informou possuir conhecimento necessário para realização do rastreamento do câncer colorretal (CCR). Ao serem questionados, porém, sobre a idade para início do rastreio, apenas 60% relataram que deve ser aos 50 anos, assim como preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dezessete (68%) afirmaram que não há limite de idade para encerrar o rastreamento. Entre os motivos justificados para a não realização do rastreio, 50% responderam que não o faz porque o paciente não aceita; 33,33%, por não ter os exames disponíveis no sistema; e 16,66%, por não possuir conhecimento para conduta. A pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) foi escolhida por 92% dos médicos e a colonoscopia por 60% deles. Em relação à periodicidade, enquanto 72% informaram de forma assertiva que a PSOF deve ser realizada anualmente, apenas 36% relataram que a retossigmoidoscopia deve ser realizada a cada 5 anos.

Conclusão: Apesar de a maioria dos médicos inseridos na Atenção Primária do município de Lagarto acreditar possuir o conhecimento necessário para realização do rastreamento do câncer colorretal, observou-se significativa inconformidade em relação às respostas sobre faixa etária alvo e métodos de rastreio quando comparadas ao que a Organização Mundial de Saúde e o Instituto Nacional do Câncer preconizam. A ausência de uma política de saúde pública de prevenção, associada à falta de programas de formação e reciclagem dos profissionais sobre prevenção de câncer colorretal, podem impactar diretamente na manutenção dos altos índices de mortalidade por esta neoplasia.

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Biografia do Autor

  • Mayara da Silva Custódio, Universidade Federal de Sergipe

    Graduada em medicina.

  • Anderson Santos dos Anjos, Universidade Federal de Sergipe

    Graduado em medicina.

  • Debora do Nascimento Santos, Universidade Federal de Sergipe

    Graduando em fisioterapia.

  • Fernando Every Belo Xavier, Universidade Federal de Sergipe. Departamento de Medicina Lagarto

    Professor.

  • Ana Maria Fantini Silva, Universidade Federal de Sergipe. Departamento de Medicina Lagarto

    Professor.

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Publicado

2019-07-04

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Avaliação do conhecimento dos médicos da atenção primária sobre rastreamento de câncer colorretal em um município de Sergipe. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 4º de julho de 2019 [citado 28º de março de 2024];52(2):91-7. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/159683