Políticas e modelos assistenciais em saúde e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência no Brasil: análise de proposições desenvolvidas nas últimas duas décadas

Autores

  • Marta Carvalho de Almeida Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
  • Gastão Wagner Souza Campos UNICAMP; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Medicina Preventiva e Social

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v13i3p118-126

Palavras-chave:

Pessoas deficientes^i1^sreabilita, Formulação de políticas, Reabilitação^i1^stendênc, SUS (BR), Apoio social, Prestação de cuidados de saúde, Disabled persons^i2^srehabilitat, Policy making, Rehabilitation^i2^stre, Social support, Delivery of health care

Resumo

Embora nas últimas décadas as pessoas portadoras de deficiência tenham realizado conquistas importantes no tocante à legislação, as políticas públicas brasileiras não ofereceram suporte e possibilidades de consolidação do exercício de seus direitos sociais, entre eles o direito à saúde e reabilitação. O estudo desenvolvido enfocou políticas e modelos assistenciais em saúde e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência física instituídos no cenário assistencial brasileiro nos últimos 20 anos, com o objetivo de reconstruir e analisar seus percursos práticos e conceituais. Com base em dados coletados na literatura e em entrevistas, enfocou o modelo hegemônico, ou seja, aquele que concentra as ações no Centro de Reabilitação, e a Reabilitação Baseada na Comunidade - RBC, constituída como modelo alternativo às práticas institucionais, pela Organização Mundial de Saúde - OMS. No artigo houve opção por apresentar resultados que se articulam às questões que envolvem o desenvolvimento da atenção à saúde e reabilitação no Sistema Único de Saúde - SUS. Assim, a apresentação da análise dos dois modelos - que resultou na consideração de que não se produziu, no período, políticas e modelos assistenciais que tenham alterado significativamente a transferência de recursos públicos para o setor privado, bem como superado os limites do paradigma biomédico - leva à discussão acerca de proposições detentoras de potencial para gerar transformações na atenção à saúde e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência no âmbito público. Aponta-se a necessidade e viabilidade de ampliar o objeto de ação da reabilitação, invocando noções da Reabilitação Psicossocial que instigam à flexibilidade e diversificação dos serviços, à realização de ações voltadas à prevenção ou desmonte de processos de exclusão social e à ativação de recursos comunitários não aparentes ou formalmente instituídos.

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Publicado

2002-12-01

Edição

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Artigo Original

Como Citar

Almeida, M. C. de, & Campos, G. W. S. (2002). Políticas e modelos assistenciais em saúde e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência no Brasil: análise de proposições desenvolvidas nas últimas duas décadas . Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 13(3), 118-126. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v13i3p118-126