Exigências do trabalho, prevalência de dor muscular e de sintomas de estresse em estagiários do setor de cobrança de um banco internacional

Autores

  • Débora Miriam Raab Glina Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho
  • Lys Esther Rocha Ministério do Trabalho e Emprego; Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v14i1p10-18

Palavras-chave:

Trabalho^i1^spsicolo, Estresse psicológico, Trabalhadores^i1^sclassifica, Doenças musculares^i1^spatolo, Dor^i1^setiolo

Resumo

OBJETIVO: compreender exigências do trabalho, prevalência de dor muscular e sintomas de estresse em estagiários do setor de cobrança de um banco internacional, localizado em São Paulo. MÉTODO: Análise ergonômica do trabalho, observações globais e sistemáticas, entrevistas com informantes-chave, questionários respondidos voluntariamente pelos estagiários. RESULTADOS: O objetivo do setor era evitar que clientes com potencial se tornassem devedores, bem como, cobrar de clientes devedores. O objetivo era de atender 11000 clientes por mês. A seção trabalhava com teleatendimento receptivo e ativo. Havia 67 estagiários e 5 supervisores. Quase todos estagiários trabalhavam em turnos fixos de 6 h/dia, com uma pausa de 30 minutos e eles faziam horas-extras. 85% eram do sexo feminino, 83,7% possuiam idades entre 18 e 23 anos. Todos tinham pelo menos superior incompleto. 98,6% eram solteiros, sem filhos. 68,8% tinham menos de 1 ano de tempo de serviço. 97 % dos estagiários apresentavam sintomas de estresse. Os sintomas mais freqüentes eram: inabilidade de relaxar ou desligar-se do trabalho (63,0%), fadiga (50,7%), problemas de sono (41,8%), irritabilidade (36,9%), tensão (35,4%), chorar com facilidade (29,2%), desanimo (23,9%), insonia (21,5%), suar sem ter feito esforços físicos e sem que estivesse quente (21,5%), tristeza (20,0%). Com relação à prevalência de dor muscular 50,7% afirmaram não ter dor e 49,3% afirmaram ter. A localização da dor era: coluna 30,3%, ombros 45,5%, pescoço 66,7%, cotovelos 12,1% e punhos/mãos 30,3%. A relação entre prevalência de dor musculo-esquelética e sintomas de estresse era: 50,7% dos estagiários apresentavam sintomas de estresse mas não dor muscular, 3,0% dos estagiários apresentavam dor muscular mas não sintomas de estresse, 46,3% apresentavam dor muscular e sintomas de estresse.

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Publicado

2003-04-01

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Glina, D. M. R., & Rocha, L. E. (2003). Exigências do trabalho, prevalência de dor muscular e de sintomas de estresse em estagiários do setor de cobrança de um banco internacional . Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 14(1), 10-18. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v14i1p10-18