Redes sociais e construção de projetos terapêuticos: um estudo em serviço substitutivo em saúde mental

Autores

  • Elisabete Ferreira Mângia USP; FM; Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
  • Melissa Muramoto USP; FM; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v18i2p54-62

Palavras-chave:

Transtornos mentais, Reabilitação, Serviços de saúde mental, Institucionalização, Terapia ocupacional

Resumo

Estudos demonstram que pessoas com transtornos mentais severos que dispõem de rede social apresentam maior probabilidade de êxitos positivos em breves ou curtos períodos, nas áreas clínica, laborativa e relacional, tais resultados devem orientar a elaboração e realização das intervenções assistenciais e de reabilitação psicossocial desenvolvidas pelos serviços de saúde mental, de forma a priorizar a intervenção sobre a rede social. Nessa perspectiva, apresentamos resultados parciais da pesquisa de mestrado "A sustentabilidade da vida cotidiana. Um estudo das redes sociais de usuários de um serviço de saúde mental no município de Santo André", iniciada em 2005, que tem como objetivo geral caracterizar as redes sociais de pessoas com transtornos mentais severos, usuários de serviços substitutivos de saúde mental e identificar fatores que contribuam para a formulação de estratégias de ativação de redes. A pesquisa se inscreve no campo da investigação qualitativa e utiliza procedimentos orientados pela etnometodologia. Foram realizadas 25 entrevistas com usuários que recebiam atenção em regime de tratamento intensivo, pesquisa bibliográfica e observação participante, com a elaboração de caderno de campo. A análise preliminar dos dados possibilitou: a caracterização das redes sociais de usuários do serviço de saúde mental e de suas necessidades, além de confirmar a importância das redes sociais no percurso assistencial. Para o modelo assistencial, a validação de estratégias de ativação de redes sociais exige mudanças nas culturas técnica e de organização de serviços, e a definição de novos desenhos assistenciais, mais complexos e que incorporem em suas estratégias o manejo dos fatores de proteção, que garantem aos sujeitos a possibilidades de viver a vida fora dos circuitos de institucionalização.

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Publicado

2007-08-01

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Mângia, E. F., & Muramoto, M. (2007). Redes sociais e construção de projetos terapêuticos: um estudo em serviço substitutivo em saúde mental . Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 18(2), 54-62. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v18i2p54-62