A atenção domiciliar como estratégia para ampliação das relações de convivência de pessoas com deficiências físicas

Autores

  • Taísa Gomes Ferreira Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Laboratório de Reabilitação com Ênfase no Território
  • Fátima Corrêa Oliver Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v21i3p189-197

Palavras-chave:

Terapia ocupacional, Visita Domiciliar, Pessoas com deficiência

Resumo

Neste estudo se discute a atenção domiciliar como estratégia para facilitar oportunidades de convivência de pessoas com deficiências físicas. Partiu-se da hipótese de que após a aquisição da deficiência as pessoas têm menores oportunidades de exercitar a convivência, considerada como a possibilidade de estar junto, entre e em relação com algo ou alguém, que pode ser fonte de bem-estar e auxiliar a adaptação da pessoa à condição de vida com deficiência. Pretende-se discutir a importância das relações de convivência das pessoas com deficiência e da atenção domiciliar como estratégia que possibilita o conhecimento e ampliação destas relações. Foram estudadas histórias de vida de 4 adultos com deficiências físicas adquiridas, moradores da área de abrangência de serviço de atenção básica de saúde no município de São Paulo, que representavam, em gênero, idade e tipo de deficiência, as pessoas com deficiências identificadas na unidade. As histórias de vida foram transcritas e analisadas buscando conhecer a importância da convivência nos períodos antes e depois da aquisição da deficiência. A análise dos dados baseou-se na teoria de rede social significativa. A diminuição das relações de convivência pelo afastamento do trabalho e menor circulação foram determinantes da condição da pessoa após a deficiência. A compreensão de deficiência como condição social possibilita considerar a atenção domiciliar como proposta de intervenção, que pode promover a diminuição do isolamento, a ampliação das redes sociais e de suporte e a criação de possibilidades de circulação social, que podem ser considerados desdobramentos do ato de conviver.

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Publicado

2010-12-01

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Ferreira, T. G., & Oliver, F. C. (2010). A atenção domiciliar como estratégia para ampliação das relações de convivência de pessoas com deficiências físicas . Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 21(3), 189-197. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v21i3p189-197