Uso de estratégias cognitivas diante de queixas subjetivas de memória em idosos saudáveis
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v30i2p102-109Palavras-chave:
Idoso, Transtornos da memória, Reserva cognitiva, Inquéritos e questionáriosResumo
Queixas Subjetivas de Memória (QSM) tem sido alvo de pesquisas, sendo apontadas como corriqueiras no cotidiano de pessoas idosas. O presente estudo teve por objetivo verificar se há correlação entre as Queixas Subjetivas de Memória evidenciadas pelo Questionário de Memória Prospectiva e Retrospectiva (QMPR) e as variáveis: Escolaridade (E), Reserva Cognitiva (RC), Funcionalidade (FAQ) e o uso de Estratégias (MMQ). Trata-se de um estudo correlacional, de abordagem quantitativa com delineamento “ex post facto”. A amostra foi composta por 64 idosos, tendo idade média de 69 anos (DP= 6,45), sendo estes recrutados em espaços de convivência situados nas cidades de João Pessoa e Guarabira, por meio da divulgação de folders e via redes sociais. As coletas foram realizadas nos seguintes locais: Centro de Convivência da Pessoa Idosa (CCI), no bairro Castelo Branco-JP; Centro de Vivência da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Grupo de
hidroginástica para terceira idade, salas de aula do departamento de Terapia Ocupacional da UFPB; e no domicílio dos entrevistados, a partir do interesse e dificuldades de deslocamento. Aplicou-se o uso de instrumentos padronizados para avaliação das funções cognitivas, da funcionalidade, das queixas de memória e do uso de estratégias, além do perfil sociodemográfico. Os resultados indicaram correlação positiva entre as variáveis: Escolaridade (E), Reserva cognitiva (RC), Funcionalidade (FAQ) e Queixas de Memória Prospectiva e Retrospectiva (QMPR) com o uso de estratégias de memória (MMQ). Contudo, faz-se necessário destacar a presença evidente de QSM nos idosos, bem como a significativa correlação entre estas e o uso de estratégias cognitivas, sendo as queixas de memória prospectivas mais predominantes que as queixas retrospectivas. Concluímos que idosos que apresentam maior uso de estratégias na vida diária tendem a melhor perceber os relatos de suas queixas. Sugere-se que maiores pesquisas sobre a temática invistam em intervenções para o treino do uso de estratégias de memória em idosos cognitivamente saudáveis que relatem QSM na vida diária, para um melhor bem-estar e qualidade de vida.
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