O fantasma de Strawberry Hill: pseudotradução e a proposta estética de Horace Walpole (a partir de uma leitura dos prefácios de O Castelo de Otranto)

Autores

  • Dircilene Fernandes Gonçalves Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.tradterm.2013.59355

Palavras-chave:

romance inglês, tradução, pseudotradução, romance gótico.

Resumo

A primeira edição de O Castelo de Otranto veio a público em dezembro de 1764, quando o romance inglês estava em plena formação. O fato de o texto ter sido apresentado como uma tradução de um original italiano do século XVI abrandou a reação da crítica à narrativa, a qual ia de encontro à racionalidade moderna da época, que pretendia estabelecer para o romance nascente um caráter educativo e exemplar. No entanto, a segunda edição, publicada em abril de 1765, trouxe a revelação de que o texto não era uma tradução, mas uma narrativa original escrita por Horace Walpole (uma pseudotradução), o que causou reações diversas no público e na crítica, levando a acaloradas discussões estéticas e éticas em torno da farsa engendrada pelo autor e que acabaram por conferir à obra, até hoje, o status de fundadora do romance gótico.

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Biografia do Autor

  • Dircilene Fernandes Gonçalves, Universidade de São Paulo

    Mestre em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês – DLM – FFLCH – USP e atualmente é doutoranda pelo mesmo programa, desenvolvendo pesquisa sobre as relações entre pseudotradução e literatura.

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Publicado

2013-08-04

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Gonçalves, D. F. (2013). O fantasma de Strawberry Hill: pseudotradução e a proposta estética de Horace Walpole (a partir de uma leitura dos prefácios de O Castelo de Otranto). Tradterm, 21, 31-50. https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.tradterm.2013.59355