As Horas: adaptação de Virginia Woolf para o leitor comum

Autores

  • Ana Carolina de Carvalho Mesquita

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v34i0p143-155

Palavras-chave:

Mrs. Dalloway, Adaptação, Virginia Woolf, Michael Cunningham, As horas

Resumo

O filme As Horas (2003), de S. Daldry (mesmo diretor do cult Billy Eliot), adaptação cinematográfica do romance homônimo de Michael Cunningham, foi um grande sucesso na época de seu lançamento e rendeu um Oscar à atriz Nicole Kidman. Contudo, pouco se sabe que o filme representa um duplo processo adaptativo – um deles situado à frente, o outro oculto. Isso porque o próprio livro de Cunningham é, em si, uma adaptação: para escrevê-lo, o autor valeu-se de diversas obras da escritora Virginia Woolf – em especial o romance Mrs. Dalloway, mas também suas cartas e diários. À luz dessas considerações, este trabalho busca focar os processos singulares da “adaptação encoberta” feita por Cunningham em As horas. Isso porque desejamos os interstícios entre teoria da adaptação e teoria literária que possibilitaram trazer, uma vez mais, a escritora modernista Woolf para perto do leitor comum.

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Biografia do Autor

  • Ana Carolina de Carvalho Mesquita

    Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo, tradutora e editora.

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Publicado

2020-01-10

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

As Horas: adaptação de Virginia Woolf para o leitor comum. (2020). Tradterm, 34, 143-155. https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v34i0p143-155