A eternidade e o desejo: lembrar, ver, dizer

Autores

  • Marcelo Franz Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.v0i29.106176

Palavras-chave:

Inês Pedrosa, lembrar, ver, dizer

Resumo

Este artigo analisa o romance A Eternidade e o Desejo, de Inês Pedrosa (2008) buscando compreender os significados do lembrar, do ver e do dizer na reflexão da protagonista Clara. Na condição de cega, em sua peregrinação por lugares do Brasil, Clara revisita os lugares outrora frequentados por António Vieira. Ao mesmo tempo, esse périplo ritualiza em sua memória a leitura dos textos do padre Português cujos conteúdos lhe representam iluminação e entendimento que superam os limites de sua deficiência. A força do “dizer” vieiriano a leva a refletir sobre os poderes da palavra enquanto expressão do corpo, compreendido fenomenologicamente. Embasam nossa análise as percepções sobre o ver e o dizer presentes na filosofia de Merleau-Ponty.

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Biografia do Autor

  • Marcelo Franz, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

    Marcelo Franz Formou-se em Letras com habilitação em Português e Francês pela UFPR, mesma instituição onde fez o mestrado em Literatura Brasileira. É doutor em Literatura Portuguesa pela USP, onde defendeu em 2002 a tese A Inquietude da Memória - O Significado do Lembrar em Romances de Vergílio Ferreira. Esse estudo resultou no livro com o mesmo título, publicado em 2006 pela Editora Cidade Futura de Florianópolis SC. Entre 2011 e 2013 realizou na USP estudos de Pós-Doutorado em Teoria Literária no DTLLC da FFLCH trabalhando o tema Do Lido ao Vivido - O significado da Leitura na Ficção Memorialística. É professor da PUCPR ministrando conteúdo nas áreas de Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa, Teoria da Literatura e Cultura Brasileira. 

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Publicado

2016-09-27

Edição

Seção

Dossiê 29: Tecidos do Humano - Literatura e Medicina

Como Citar

A eternidade e o desejo: lembrar, ver, dizer. (2016). Via Atlântica, 17(1), 253-270. https://doi.org/10.11606/va.v0i29.106176