Hipermediação e interatividade

por uma crítica do documentário como um espaço plurimidiático

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2019.153379

Palavras-chave:

Documentário 3.0, interface, interatividade

Resumo

O gênero documental é anterior ao cinema. Pode-se dizer que surgiu no campo midiático em relatos jornalísticos e ilustrações editoriais. Com a fotografia e o cinema, o documentário ganhou consistência e uma sintaxe própria, com diversas metodologias e complexidades. Atualmente ele passa por uma transição no espaço da internet e do digital, com novas possibilidades tanto para o realizador como para o espectador. Nessa proposta, o consideramos não apenas um gênero cinematográfico, mas plurimidiático. Deste modo, ao recortar suas especificidades no audiovisual, pode-se pensar na transição e complementaridade de um primeiro espaço do documentário no cinema, para um segundo na televisão. Ambos dialogam com a especificidade de suas mídias, com o que trouxeram de novo, com correspondências de subgêneros e eventuais remixagens.

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Biografia do Autor

  • Felipe de Castro Muanis, Institut für Medienwisseschaft da Ruhr-Universität Bochum

    Professor visitante no Institut für Medienwisseschaft da Ruhr-Universität Bochum, Alemanha. Doutor em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor adjunto de Televisão e Mídias Digitais do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF), atualmente afastado. Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Coordenador do grupo de pesquisa Entelas. Jornalista, diretor de arte e ilustrador filiado à Sociedade dos Ilustradores do Brasil (SIB).

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Publicado

2019-06-13

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Hipermediação e interatividade: por uma crítica do documentário como um espaço plurimidiático. RuMoRes, [S. l.], v. 13, n. 25, p. 66–81, 2019. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2019.153379. Disponível em: https://www.periodicos.usp.br/Rumores/article/view/153379.. Acesso em: 28 mar. 2024.