Travessia do herói e pertencimento à ordem do coletivo

Autores

  • Henri Pierre Arraes Gervaiseau Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2020.165405

Palavras-chave:

Território, Travessia, Pertencimento, Mekas

Resumo

O filme Lost, lost, lost (1976), de Jonas Mekas, recompõe o percurso de uma travessia iniciada com um involuntário processo de distanciamento de um território de origem. Discuto as heterogêneas estratégias de registro escolhidas e os modos privilegiados de composição dos materiais, no processo de construção do relato, para dar conta de vivências afetivas e sócio-históricas evocadas pelo narrador-diretor. Em função do entrelaçamento enigmático das matérias de expressão, pontuamos que é árdua a análise da narrativa, mas que podemos, entretanto, apreender o sentido do desenho proposto da travessia. E mostramos que a apontada recomposição final pelo narrador do seu próprio eu está relacionada à emergência de sentimentos de pertencimento que remetem à dimensão do coletivo.

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Publicado

2020-07-16

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Travessia do herói e pertencimento à ordem do coletivo. RuMoRes, [S. l.], v. 14, n. 27, p. 35–56, 2020. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2020.165405. Disponível em: https://www.periodicos.usp.br/Rumores/article/view/165405.. Acesso em: 29 mar. 2024.