A ética do silêncio racial no contexto urbano: políticas públicas e desigualdade social no Recife, 1900-1940

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28d1e15

Palavras-chave:

Recife, Direito à cidade, Negro, Desigualdade, Mocambo, Informalidade

Resumo

Mais de meio século após o preconceito racial ter se tornado o principal alvo dos movimentos urbanos pelos direitos civis nos Estados Unidos e na África do Sul, e décadas depois do surgimento dos movimentos negros contemporâneos no Brasil, o conjunto de ferramentas legislativas criado no Brasil para promover o direito à cidade ainda adere à longa tradição brasileira de silêncio acerca da questão racial. Este artigo propõe iniciar uma exploração das raízes históricas desse fenômeno, remontando ao surgimento do silêncio sobre a questão racial na política urbana do Recife, Brasil, durante a primeira metade do século XX. O Recife foi e
é um exemplo paradigmático do processo pelo qual uma cidade amplamente marcada por traços negros e africanos chegou a ser definida política e legalmente como um espaço pobre, subdesenvolvido e racialmente neutro, onde as desigualdades sociais originaram na exclusão capitalista, e não na escravidão e nas ideologias do racismo científico. Neste sentido, Recife lança luzes sobre a política urbana que se gerou sob a sombra do silêncio racial.

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Biografia do Autor

  • Brodwyn Michelle Fischer, University of Chicago. Department of History and the College

    Historiadora; docente no Department of History and the College e diretora do Center of Latin American Studies da Universidade de Chicago.

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Publicado

2020-07-15

Edição

Seção

ECM/Dossiê: Dimensões raciais da cultura material urbana no Brasil

Como Citar

A ética do silêncio racial no contexto urbano: políticas públicas e desigualdade social no Recife, 1900-1940. (2020). Anais Do Museu Paulista: História E Cultura Material, 28, 1-45. https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28d1e15