As minefalizações filoneanas auríferas da região do Piririca, Vale do Ribeira, São Paulo, de características epigenéticas, estão relacionadas a uma zona de cisalhamento, limitada pelos lineamentos regionais Agudos Grandes e Ribeira. Estratigraficamente a região faz parte de uma seqüência de rochas metavulcano-sedimentares, com metabásicas associadas, de baixo grau metamórfico, pertencente à Formação Perau, do Proterozóico Médio. O estudo da mineralogia dos veios mineralizados apresenta pirita e arsenopirita como os minerais mais abundantes entre os sulfetos estudados. Em quantidades subordinadas observam-se: calcopirita, boulangerita, bournonita, jamesonita, tetraedrita, blenda, galena, bornita, ilmenita e ouro. Quartzo leitoso branco constitui o mineral de ganga dominante. A tentativa de estabelecimento de uma paragênese temporal entre os minerais acima considerados coloca pirita, arsenopirita e ilmenita como anteriores a uma fase de brechação/milonitização, após a qual cristalizaram-se os outros minerais relacionados, geralmente preenchendo vênulas e fraturas nos dois sulfetos principais. O ouro, quando aparece, preenche fraturas e cavidades da pirita e arsenopirita