Biologia da Tambaki-M'Boya - Lepidosiren paradoxa (Fitz, 1836) peixe, dipnóico: metabolismo da glicose

Autores

  • Paulo Sawaya Departamento de Fisiologia Geral e Animal. Universidade de São Paulo
  • Naomi Shinomiya Instituto de Biologia Marinha. Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2526-3366.bzbm.1972.121244

Palavras-chave:

Peixes, Glicose, Metabolismo

Resumo

Diversas observações e experiências sobre o comportamento de Tambak-M'Boya - Lepidosiren paradoxa (Fitz, 1836) - do Amazonas foram feitas. Os espécimens coletados nos arredores de Belém do Pará foram estudados no ambiente natural e, uma vez coletados, transportados para os aquários do Museu Goeldi e depois para São Paulo, onde ficaram em aquários de cerca de 30 litros de capacidade, arejados permanentemente. Diversos peixes foram induzidos à estivação, e para isto foram colocados em aquários de 50 litros de capacidade, com lama no fundo numa altura de 30 cm. A água foi retirada lentamente e o peixe imediatamente começou a enterrar-se. Na fase estival os animais permaneceram cerca de 100 dias. Para as experiências sobre o metabolismo da glicose, tanto dos peixes durante a vida aquática como dos estivados foram retirados periodicamente 2-3 ml de sangue com uma seringa puncionando-se diretamente o coração. Os de vida aquática apresentaram uma variação do teor de glicose sanguínea de 28,6 mg%. Quando o animal estivado retornava à vida aquática, a quantidade de glicose sanguínea passava de 42 mg% a 31,7 mg%. Os resultados das diversas observações e experiências são discutidos.

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Publicado

1971-12-26

Edição

Seção

Artigos