Doença de Alzheimer e vida religiosa consagrada: uma etnografia de afeto e espanto

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i1pe172927

Palabras clave:

Enfermedad de Alzheimer, Cuerpo, Etnografía, Vida religiosa, Imagen

Resumen

Este trabajo pretendía comprender cómo la vida religiosa influye en la forma en que un grupo de hermanas católicas percibe y vive la enfermedad de Alzheimer. El objetivo era seguir la ontología múltiple de la enfermedad que se hace, en la vida cotidiana, a través de las prácticas, los afectos y los silencios en la Residencia donde viven. La valorización del más allá y la trayectoria religiosa aportan sus propias interpretaciones a la enfermedad, disolviendo algunos miedos y acogiendo síntomas, en una relación entre enfermedad, vejez, cuidados, género y religión. Mediante la articulación de dos vertientes analíticas -corporalidad y mismidad-, busco aprehender cómo estos cuerpos en proceso de demencia perciben el mundo y atraviesan la experiencia con la enfermedad cuando se insertan en un contexto religioso, y cómo mi propio cuerpo fue desplazado en el campo. Por último, muestro cómo las imágenes -fotografías y dibujos- fueron importantes para entrar en el mundo tanto de la demencia como de la religión, para ver y escuchar lo que los silencios no me dejaban encontrar al principio.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Letícia Vicentin, Universidade Estadual de Campinas

    Estudiante de maestria en Antropología y licenciada en Ciencias Sociales en la Universidade Estadual de Campinas

Referencias

ANCHISI, Annick. Vieillir au couvent, de l’habit au linge. Fil de trame et fil de chaîne. ethnographiques.org, [s.l.], v. 35, p. 1-28, déc. 2017. DOI 10.25667/ethnographiques/2017-35/004. Disponível em: https://www.ethnographiques.org/2017/Anchisi. Acesso em: 15 jun. 2020.
ANCHISI, Annick; AMIOTTE-SUCHET, Laurent; TOFFEL, Kevin. Vieillir au couvent: stratégies des congrégations et paradoxe des laïcités. Social Compass, [s.l.], v. 63, n. 1, p. 3-19, mars. 2016. DOI 10.1177/0037768615613892. Disponível em: https://doi.org/10.1177%2F0037768615613892. Acesso em: 15 jun. 2020.
BOURDIEU, Pierre. Estruturas sociais incorporadas. In: BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp, 2007, p. 435-446.
BOURDIEU, Pierre. O camponês e seu corpo. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 26, p. 83-92, jun. 2006.
BROCK, Megan. Resisting the Catholic Church’s notion of the nun as self-sacrificing woman. Feminism & Psychology, [s. l.], v. 20, n. 4, p. 473–490, nov. 2010. DOI 10.1177%2F0959353509359138. Disponível em: https://doi.org/10.1177%2F0959353509359138. Acesso em 8 jun. 2020.
CSORDAS, Thomas. A corporalidade como um paradigma da Antropologia. In: CSORDAS, Thomas. Corpo/significado/cura. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2008. cap. 2, p. 101-146.
DEBERT, Guita Grin. A reinvenção da velhice. 1. ed. 2 reimp. São Paulo: Editora Edusp, 2012.
DEBERT, G. G.; PULHEZ, M. M. (orgs.). Desafios do cuidado: gênero, velhice e deficiência. Campinas: UNICAMP/IFCH, 2017.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Cascas. Revista Serrote, [s. l], n. 13, p. 98-133, mar. 2013.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tocam o real. Pós, Belo Horizonte, v.2, n.4, p. 204-219, nov. 2012.
ENTLER, Ronald. Um pensamento de lacunas, sobreposições e silêncios. In: Samain, Etienne (org). Como pensam as Imagens. Campinas: Editora da Unicamp, 2012. cap. 2, p. 133-150.
FAVRET-SAADA, Jeanne. Être affecté. In: FAVRET-SAADA, Jeanne. Désorcele. Paris: Éditions de l’Olivier, 2009. cap. 6, p. 145-161.
FERIANI, Daniela. Entre sopros e assombros: estética e experiência na doença de Alzheimer. 2017. 316 p.Tese de doutorado no programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017.
HUMMEL, Cornelia. Porter un regard photographique sur le vieillissement en couvent. Que disent les frontières mouvantes du "photographiable". Ethnographiques.org, [s. l.], v. 35, p. 1-18, déc. 2017. DOI 10.25667/ethnographiques/2017-35/003. Disponível em: https://www.ethnographiques.org/2017/Hummel. Acesso em 15 jun. 2020.
INGOLD, Tim. Estar Vivo. Petrópolis: Vozes, 2015.
KONTOS, Pia C. Ethnographic reflections on selfhood, embodiment and Alzheimer’s disease. Ageing & Society, Cambridge, v. 24, p. 829–849, 2004.
LEIBING, Annette. Olhando para trás: os dois nascimentos da doença de Alzheimer e a senilidade no Brasil. Est. Interdiscipl. Envelhec., Porto Alegre, v. 1, p. 37-56, 1999.
LIMA, Antónia Pedroso de. O cuidado como elemento de sustentabilidade em situações de crise. Portugal entre o Estado providencia e as relações interpessoais. Cadernos PAGU, Campinas, v.46, p.79-105, jan./abr. 2016.
LORBER, Judith. Gender and the social Construction of illness. Wallnut Creek: AltaMira Press, 2000.
MARTÍN, Eloísa. Dos casos de transmisión devocional en la fiesta de la Virgen de Itatí. (Corrientes, Argentina). ANTHROPOLÓGICAS, Recife, v. 13, n. 1, p. 35-46, 2002.
MAUSS, Marcel. Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a de "eu". In: MAUSS, M. Sociologia e antropologia. São Paulo: CosacNaify, 2003. cap. 5, p. 367-397.
MCNAMARA, J. A. Sisters in arms: Catholic nuns through two millenni. Cambridge: Harvard UniversityPress, 1996.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Conversas-1948. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
MOL, Annemarie. The body multiple: Ontology in medical practice. Durham: Duke University Press, 2002.
MURPHY, Ryan P. Promises unfulfilled: American religious sisters and gender inequality in the post-Vatican II Catholic Church. Social Compass, [s. l.], v. 61, n. 4, p. 594–610, nov. 2014.
NOVAES, Sylvia Caiuby. Entre arte e ciência: usos da fotografia pela antropologia. In: Sylvia C. N. (org.). Entre a arte e ciência: a fotografia na antropologia. São Paulo: Ed. Edusp, 2015. p. 9-20.
ROBBINS, JOEL. Transcendência e Antropologia do Cristianismo:Linguagem, mudança e individualismo. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 31, n. 1, p. 11-31, jun. 2011.
ROCHA, Ewelter de Siqueira. Vestígios do Sagrado: uma etnografia sobre formas e silêncios. 2012. 268p. Tese de doutorado no programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
VIANNA, Luciano V. D. G. Fragmentos de pessoa e a vida em demência: etnografia dos processos demências em torno da doença de Alzheimer. 2013. 176p. Dissertação de mestrado no programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013
VILLELA, Alice. Quando a imagem é a pessoa ou a fotografia como objeto patogênico. In: Sylvia Caiuby Novaes (org). Entre a arte e ciência a fotografia na antropologia. São Paulo: Ed. Edusp, 2015. p. 109-121.
SACKS, Oliver. Tempo de despertar. São Paulo: Companhia das letras, 1997.
SAMAIN, Etienne. (org.). As imagens não são bolas de sinuca. Como pensam as imagens. In: SAMAIN, Etienne (org.). Como pensam as Imagens. Campinas: Editora da Unicamp, 2012. p. 21-40.
SOUZA, Iara Maria de Almeida. A noção de ontologias múltiplas e suas consequências políticas. ILHA Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 17, n. 2, p. 49-73, ago./dez. 2015.

Publicado

2021-07-08

Número

Sección

Artigos e Ensaios

Cómo citar

Vicentin, L. (2021). Doença de Alzheimer e vida religiosa consagrada: uma etnografia de afeto e espanto. Cadernos De Campo (São Paulo, 1991), 30(1), e172927. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i1pe172927

Datos de los fondos