Aproximações entre Paulo Freire e Theodor Adorno em torno da educação emancipatória
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248239149%20Palavras-chave:
Formação, Educação emancipatória, Theodor Adorno, Paulo FreireResumo
Buscou-se, em um movimento aproximativo entre Freire e Adorno, compreender como é possível constituir a ação educativa como ato que favorece a emancipação, a libertação e a autonomia do ser humano, mediante a seguinte indagação: quais são os pontos de articulação entre Freire e Adorno no tocante ao conceito de educação emancipatória? A pesquisa é caracterizada como teórico-reflexiva e bibliográfica, tomando, como fontes principais de análise, obras de Freire e Adorno e, complementarmente, os escritos de autores relevantes para o desenvolvimento do tema. Freire e Adorno contrapõem as suas perspectivas críticas ao pensamento tradicional concernente à educação vigente, problematizam as teorias tradicionais e buscam superá-las em nome da promoção da emancipação, da autonomia e da libertação, reconhecidas como objetivos formativos fundamentais. Os dois pensadores mostram-se vigilantes em relação às possibilidades regressivas de uma formação que adeque e conforme o educando ao mundo instituído, mantendo-o oprimido, reprodutor, um mero consumidor de conteúdos didatizados. A educação emancipatória insurge-se contra a formação de “um ser menos”, coisificado2 em sua subjetividade, incapaz de ser ou de lutar para vir a ser o protagonista, o construtor de sua própria existência, com a finalidade de fazer emergir uma forma de vida em comum que reconheça a pluralidade dos modos de ser, o que é demandado pela cidadania democrática da contemporaneidade.
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