Higiene para as escolas primárias: a produção escrita de Antonio Ferreira de Almeida Júnior (1922-1939)
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248238999%20Palavras-chave:
Escola primária, Higiene, Almeida Júnior (1892-1971)Resumo
Nos projetos de intervenção elaborados, em São Paulo, durante as primeiras décadas do século XX, a saúde e a educação foram alçadas a pilares sobre os quais repousava um programa para regenerar a sociedade. Este artigo insere suas discussões nesse cenário e problematiza os saberes sobre higiene propostos para as escolas primárias a partir dos textos de Antonio Ferreira de Almeida Júnior (1892-1971). Professor, médico e administrador da educação, ele não somente defendeu e recomendou programas voltados para o ensino de higiene, como também ocupou cargos que lhe garantiram a condição de agente propositor e divulgador desses preceitos. Como recorte cronológico, consideram-se os anos entre 1922 e 1939, período em que o professor escreveu e publicou textos de naturezas diferentes nos quais abordou a importância dos conteúdos de higiene nas escolas. A produção bibliográfica de Almeida Júnior foi analisada em paralelo à sua atuação profissional, o que permitiu compreender a participação do professor nos debates médico-educacionais, os quais, de modo bastante pontual, defendiam um projeto político que tinha como lema “sanear a população pela escola”. Com isso, constata-se que, em seus escritos sobre educação, Almeida Júnior matizou representações da natureza infantil, formuladas a partir da ideia de plasticidade cerebral, às suas concepções acerca das finalidades da escola primária e da modificação na formação de professores a partir da incorporação de novos programas e de métodos de ensino mais ativos.
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