Teacher silence and emancipation: between indigenous lessons, Freire and Rancière

Authors

  • Vitor Fabrício Machado Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-4634202349251220

Keywords:

Educação, Autonomia, Educação indígena, Emancipação

Abstract

This work articulates the notions of autonomy in the conception of Paulo Freire and emancipation according to Jacques Rancière with indigenous educational practices collected through bibliographic and field research. The purpose of this articulation is to use the pedagogical use of silence in indigenous education as a teaching of a non-indigenous education that aims to be emancipatory and autonomous. Therefore, in the educational context, the notions of physical silence, emptiness, silencing, monologism, vocal silence of non-humans, and teacher brevity are differentiated. The fieldwork heard indigenous teachers from the Krenak (Vanuíre village) and Guarani Mbya (Krukutu village) ethnicities in the state of São Paulo. Bibliographic research collected knowledge from Kaingang, Munduruku, Wapichana, Mebêngôkre, Pataxó, and Maia peoples on the role of the silence of those who teach during pedagogically investigative processes. The result of this articulation is the conscious use of silence by humans and non-humans as a propellant for autonomous, dialogical, and emancipatory practices by children and youth. Brought to light in non-indigenous education, the in-depth knowledge of people in the learning process, the refusal of explanation, and the reduction of language signs are actions that contribute to emancipation, autonomy, and to an epistemologically revolutionary investigative practice by those involved in the learning process.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BOUSO, Raquel. La articulación de la realidad: aproximación al lenguaje religioso desde el pensamiento japonés. Ideas y Valores, Bogotá, v. 65, n. 2, p. 17-29, 2016. Suplemento.

CABRAL DE OLIVEIRA, Joana; SANTOS, Lucas Keese dos. “Perguntas de mais” – Multiplicidades de modos de conhecer em uma experiência de formação de pesquisadores Guarani Mbya. In: CUNHA, Manuela Carneiro da; CESARINO, Pedro de Niemeyer (org.). Políticas culturais e povos indígenas. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014. p. 113-134.

FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1970.

HELLER, Alberto Andrés. Jonh Cage e a poética do silêncio. 2008. Tese (Doutorado em Literatura) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

INÁCIO, Andila Nivygsãnh. Venh Kanhrãn. In: BERGAMASCHI, Maria Aparecida; VENZON, Rodrigo Allegretti (org.). Pensando a educação kaingang. Pelotas: UFPEL, 2010. p. 23.

KRENAK, Ailton. Ailton Krenak – A potência do sujeito coletivo: parte I. [Entrevista cedida a] Jailson de Souza e Silva. Blog Ailton Krenak, [S. l.], 2018. Disponível em: http://ailtonkrenak.blogspot.com/2018/06/ailton-krenak-potencia-do-sujeito.html Acesso em: 22 mar. 2022.

» http://ailtonkrenak.blogspot.com/2018/06/ailton-krenak-potencia-do-sujeito.html

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

KRENAK, Edson. O sonho de Borum. Ilustrações de Maurício Negro. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1998.

MARQUES, Ludmyla. Krenak: vivos na natureza morta: guia de uso pedagógico. Goiânia: Futura, 2019. Disponível em: http://futurabucket2017.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/2018/08/Krenak-2017.pdf Acesso em: 22 mar. 2022.

» http://futurabucket2017.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/2018/08/Krenak-2017.pdf

MUNDURUKU, Daniel. Tempo de histórias: antologia de contos indígenas de ensinamento. São Paulo: Moderna, 2014.

MURPHY, Isabel. Educação indígena Kayapó: orientações para professores não-kayapó. In: SECCHI, Darci (org.). Ameríndia: tecendo os caminhos da educação escolar. Cuiabá: SEE-MT, 1997. p. 195-207.

PATAXÓ, Kanatyo. Diálogos dos saberes: a pedagogia da lente do nosso olhar e as mãos da Natureza: povo Pataxó da Aldeia Muã Mimatxi. Belo Horizonte: UFMG, 2013.

RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

ROZENTAL, Emmanuel. Indianizar-nos frente a la hidra capitalista es armonizar el pensamiento y la práctica. In: EZLN, El pensamiento crítico frente a la hidra capitalista III. Chiapas: Comisión Sexta del EZLN, 2015. p. 112-143.

SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da cidade: povos indígenas: orientações pedagógicas. São Paulo: SME, 2019.

SEE-MT. Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso. Urucum, jenipapo e giz: a educação escolar indígena em debate. Cuiabá: SEE-MT, 1997.

SEE-SC. Secretaria de Estado de Educação de Santa Catarina. Projeto Político pedagógico guarani Wherá: Yynn Moroti Wherá (Aldeia M’Biguaçú). Florianópolis: SEE-SC, 1998.

SILVA, Tomaz Tadeu da. O projeto educacional moderno: identidade terminal? In: VEIGA-NETO, Alfredo (org.). Crítica pós-estruturalista e educação. Porto Alegre: Sulina, 1995. p. 245-260.

SOUZA, Luciana Palhares. O Movimento Zapatista e seu projeto de emancipação: elementos de uma educação não formal para a autonomia. In: ENCONTRO IBERO-AMERICANO DE ESTUDOS MAYAS, 1., 2017, Niterói; CONGRESSO BRASILEIRO DE ESTUDOS MAYAS, 1., 2017, Niterói. Anais [...]. Niterói: UFF, 2017.

MACHADO, Vitor Fabrício. O hálito das palavras: ciências (multi)naturais contra o preconceito. 2020. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naif, 2001.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas canibais. São Paulo: Cosac & Naif, 2015.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Últimas notícias sobre a destruição. In: RICARDO, Carlos Alberto; RICARDO, Fany Pantaleoni (ed.). Povos indígenas no Brasil: 2011-2016. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2017. p. 144-148.

Published

2023-12-22

How to Cite

Teacher silence and emancipation: between indigenous lessons, Freire and Rancière. (2023). Educação E Pesquisa, 49(contínuo), e251220. https://doi.org/10.1590/S1678-4634202349251220