Barravento, entre tese e forma
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2020.189712Palabras clave:
Barravento, Glauber Rocha, cinema brasileiro, candomblé, Universidade da BahiaResumen
Barravento (1962) é o primeiro longa-metragem de Glauber Rocha, um dos diretores-chave do Cinema Novo brasileiro. A ida a uma comunidade de pescadores de Xaréu no litoral da Bahia e a tomada de consciência da pobreza local, com todos os contratempos de produção do filme, foram decisivas no sentido de despertar uma perspectiva crítica aguda no seu autor. A ambiguidade característica do filme é fruto por um lado de uma visão política radical e revolucionária, segundo
a qual a cosmovisão mística da religiosidade iorubá era alienante, e por outro lado da contemplação antropológica de uma experiência local. Essa tensão reflete em muito o espírito de modernidade e vanguarda que tomou o ambiente social soteropolitano com a criação da Universidade da Bahia, durante os anos de formação do cineasta. A tensão segue pelos anos seguintes na consciência intelectual de Glauber e encontra uma síntese expressiva no manifesto-tese “Eztetyka da Fome”, de 1965.
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Referencias
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PERIÓDICO:
Rocha, Glauber. “Barravento no cinema brasileiro” [Entrevista a Walter Lima Júnior]. Correio da Manhã. Rio de Janeiro (RJ), 2° Caderno, p. 1, 17 abril 1962.
FILME:
BARRAVENTO, Direção: Glauber Rocha. Brasil: Iglu Filmes, 1961. 2 DVD (80 min.), p&b.
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