https://www.periodicos.usp.br/magma/gateway/plugin/WebFeedGatewayPlugin/atomMagma2023-11-16T17:40:17-03:00Comissão Editorial da Revista Magmamagma@usp.brOpen Journal Systems<p>A <em>Magma</em> Revista é uma publicação do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Atualmente, a revista, que inicialmente foi criada com o objetivo de divulgar a produção do corpo discente do departamento, aceita trabalhos de pós-graduandos em atividade, e pesquisadores com titulação de até cinco anos para as seções de artigos. Para as seções de criação, tradução e resenha recebemos trabalhos de graduandos em atividade de pesquisa, pós-graduandos e pesquisadores titulados, sem restrições. </p>https://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/218985Editorial2023-11-30T11:55:29-03:00Dimitri Takamatsu ArantesFabio Pomponio SaldanhaRaquel Abuin Siphone2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Dimitri Takamatsu Arantes, Fabio Pomponio Saldanha, Raquel Abuin Siphonehttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214665A presença feminina na literatura medauariana: “O facão” e os temores da mulher não canonizada2023-11-30T11:22:44-03:00Rebeca Silva RosaCristiano Augusto da Silva
<p>Este ensaio estuda a presença feminina na literatura medauariana no conto “O facão” (MEDAUAR, 1975). Para tanto, analisa como Medauar tematiza a violência contra mulher a fim de compreender as ideologias patriarcais ancoradas na sociedade sul-baiana do século XX. Assim, estabelece um contraponto entre a representação feminina no enredo medauariano e na narrativa sul-baiana tradicional. O estudo de natureza bibliográfica toma como aparato teórico o conceito de “descentramento” (GINZBURG, 2012a) e as concepções de gênero (CAMPOS, 1992; SACRAMENTO, 2001), bem como os estudos sobre elementos narrativos (CORTÁZAR, 2004; CHIAPPINI, 2002) e “a literatura sobre uma região” (ARENDT, 215). A conclusão é de que Medauar moderniza a presença feminina no imaginário social da época pela representação de uma mulher não canonizada, a qual é protagonizada por Lurdinha, personagem estranha aos estereótipos corroborados pelo centro do poder econômico e simbólico da região Sul da Bahia.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rebeca Silva Rosa, Cristiano Augusto da Silvahttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/213985Olhar-se e Tocar-se, Olhar e Tocar, Ser Olhado e Ser Tocado: subversão das categorias binárias em "Mulher no Espelho", de Helena Parente Cunha e "Las Ninfas a Veces Sonríen", de Ana Clavel2023-11-30T11:29:02-03:00Ana Paula Magalhaes da Silva
<p><em>Mulher no Espelho </em>(HELENA PARENTE CUNHA, 1985) e <em>Las Ninfas a Veces Sonríen </em>(ANA CLAVEL, 2013) são obras que, apesar de apresentarem grandes diferenças temáticas e formais e pertencerem a contextos sócio-históricos particulares, contêm afinidades significativas que permitem uma frutífera leitura comparativa. Primeiramente, pelo fato de que ambas fragmentam tanto a narrativa quanto o sujeito autobiográfico, pilares da ficção autobiográfica, subgênero literário o qual esses romances adotam ao mesmo tempo que subvertem. Em segundo lugar, pelo destaque que ambas as narrativas dão aos episódios de autoerotismo, os quais vêm ora acompanhados de ora precedidos por cenas autocontemplativas em frente ao espelho, cenas as quais interpreto aqui como alegorias da fragmentação do sujeito e da forma narrativa mencionada acima. Dito isso, nesse trabalho defende-se o ideia de que a perspectiva apresentada nas cenas de autoerotismo frente ao espelho é exemplar da consequente duplicação/multiplicação do sujeito e da narrativa, contaminando todo o relato e desestabilizando não só uma possível escrita única como também uma leitura única, acabando, assim, por afetar também o leitor.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Ana Paula Magalhaes da Silvahttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214138Presas e sedução: monstruosidade e desejo em "La Morte Amoureuse", de Théophile Gautier e "Carmilla", de Sheridan Le Fanu2023-11-30T11:06:15-03:00Alanis Zambrini Gonçalves
<p>Por meio de duas narrativas sobre vampiros, sendo elas <em>La Morte Amoureuse</em> (1836), de Théophile Gautier e <em>Carmilla </em>(1872), de Sheridan Le Fanu, este artigo pretende estudar o modo como a monstruosidade é articulada em meio a essas narrativas, principalmente levando em conta a ideia da monstruosidade moral, bem como a relação entre o monstro e o desejo, ao considerar a sedução inerente que permeia a figura do vampiro, especialmente no que tange ao sentimento de asco e desejo gerado pelo monstro. Assim, este artigo busca mostrar uma breve história sobre o vampiro na cultura literária, em que a criatura passa do <em>folklore </em>à figura do vampiro aristocrático e sedutor. Do mesmo modo, pretende-se entender a maneira como a monstruosidade é exposta nas duas obras e como ela está relacionada ao sentimento de desejo e de sedução.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Alanis Zambrini Gonçalveshttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214686O ouriço, Odradek e a experiência poemática2023-11-30T10:37:26-03:00Lara Cammarota Salgado
<p>O presente trabalho é uma leitura sobre os sentidos que o texto “Che cose è la poesia”, de Jacques Derrida, e “Preocupações de um pai de família”, de Franz Kafka, assumem quando lidos em conjunto como respostas para as perguntas “o que é a poesia?” e “o que foi a poesia?”, respectivamente. A leitura é motivada tanto pela noção de contra-assinatura, de Derrida, quanto pelo conceito de ambiência discursiva, de Roger Chartier. Partindo desses conceitos, a leitura crítica do conjunto proposto pela revista italiana busca estabelecer aproximações e diferenças sobre ambos os textos, bem como refletir sobre o espaço e tempo da poesia.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Lara Cammarota Salgadohttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214257Espacialidade e estetização no romance "10:04", de Ben Lerner2023-11-30T10:47:17-03:00Matheus Camargo Jardim
<p><span style="font-weight: 400;">O objetivo deste texto é fazer um breve mapeamento da representação do espaço e do processo de estetização capitalista a partir da leitura cerrada do primeiro parágrafo e de trechos homólogos do romance </span><em><span style="font-weight: 400;">10:04</span></em><span style="font-weight: 400;">, de Ben Lerner. A partir da análise, procuraremos demonstrar como os elementos estéticos são trabalhados pelo autor a partir da seleção e organização dos dados materiais concretos e como essa articulação expressa a técnica composicional de montagem.</span></p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Matheus Camargo Jardimhttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/216112Entrevista com Lourenço Mutarelli2023-11-30T10:33:16-03:00Lourenço MutarelliJoaquim Ferreira Mendes Neto
<p>Lourenço Mutarelli nasceu em 18 abril de 1964, em São Paulo. É escritor, quadrinista, ator. Como quadrinista, escreveu e ilustrou obras como <em>A caixa de areia</em> (2006) e a trilogia de <em>Diomedes</em>, reunida em volume único em 2012. Seu primeiro romance, <em>O cheiro do ralo</em> (2002), viraria filme em 2007, do qual Mutarelli participa como personagem. Depois viriam os romances <em>O natimorto</em> (2004) , <em>Jesus Kid I </em>(2004), <em>A arte de produzir efeito sem causa </em>(2008), <em>Miguel e seus demônios </em>(2009), <em>Nada me faltará </em>(2010), <em>O grifo de Abdera </em>(2015), <em>O filho mais velho de Deus e/ou o livro IV </em>(2018). Nesta entrevista, Lourenço Mutarelli fala de seu nono romance, <em>O livro dos mortos</em>, que será publicado no segundo semestre de 2022. A entrevista foi realizada durante a pandemia, via comunicação online, no dia 13 de março de 2022.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Lourenço Mutarelli, Joaquim Ferreira Mendes Netohttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214245A mentira e a autobiografia: formas da crítica, formas da ficção2023-11-30T11:00:09-03:00Gabriel Martins da Silva
<p><span style="font-weight: 400;">Este ensaio busca apresentar as diferentes formulações ao redor do vinco entre autobiografia e experiência vivida, ou ainda, entre mentira, vida e obra. Assim, Silviano Santiago, a um só tempo teórico e ficcionista, vem à baila como um operador para as discussões que se sucedem. Parte-se de alguns textos fundamentais para as discussões em torno do gênero autobiográfico para tentar, de maneira inicial, traçar algumas linhas que norteiam o debate sobre sua formação histórica. Desse modo, a relação entre verdade e mentira revela-se uma dimensão central para o escrutínio crítico dos limites e horizontes dessa forma escritural. Ao fazer uso dos diversos registros, heterogêneos em si, no limite, precisa-se haver com a problematização quase secular do estatuto da escrita autobiográfica e com a maneira pela qual esse gênero é posto em discussão e acotovelado em algumas incursões de Silviano Santiago.</span></p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Gabriel Martins da Silvahttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214673Performance e testemunho: linguagem, corpo e memória em "Um corpo à deriva", de Edimilson de Almeida Pereira2023-11-30T11:16:27-03:00Inês Oliveira
<p><span style="font-weight: 400;">O trabalho investiga as relações entre performance e testemunho na obra </span><em><span style="font-weight: 400;">Um corpo à deriva </span></em><span style="font-weight: 400;">(2020)</span><em><span style="font-weight: 400;">, </span></em><span style="font-weight: 400;">de Edimilson de Almeida Pereira. Ao tematizar a relação entre os personagens negros e a história de seu país, o romance aborda a necessidade de elaboração de uma linguagem capaz de produzir um lugar subjetivo para os personagens, e a experiência do corpo, que aparece tanto enquanto receptáculo dos discursos dominantes, quanto como o espaço de sua reelaboração e transformação, e podem, assim, ser aproximadas da ideia de performance. A partir especialmente das reflexões de Walter Benjamin, Homi Bhabha, Adorno e Paul Zumthor, o presente trabalho pretende analisar o livro </span><em><span style="font-weight: 400;">Um corpo à deriva</span></em><span style="font-weight: 400;"> ressaltando a sua dimensão performativa no que tange a sua relação entre memória, corpo e linguagem. </span></p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Inês Oliveirahttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214623Moldura e imagem dialética em “Uma faca só lâmina”2023-11-30T11:09:37-03:00Lucas Vinicius Vebber Cardenas
<p><span style="font-weight: 400;">O artigo realiza uma análise do poema </span><em><span style="font-weight: 400;">Uma faca só lâmina (ou: serventia das ideias fixas), </span></em><span style="font-weight: 400;">de João Cabral de Melo Neto, tendo em vista a dialética instaurada pelo processo de emolduramento poético. A partir da composição de suas partes inicial e final, identifica como esse aspecto é parte fundamental da problematização metapoética encenada no poema, em que a relação entre real e linguagem é tensionada. O trabalho identifica uma dinâmica de imagem dialética, como proposta por Georges Didi-Huberman, em que a projeção da memória sobre o corpo é o movimento central do poema.</span></p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Lucas Vinicius Vebber Cardenashttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214029Estranho retrato de uma família irreconhecível: mutabilidade, fotografia e memória num poema de Carlos Drummond de Andrade2023-11-30T10:35:26-03:00Adriano de Paula Rabelo
<p>O poema “Retrato de família”, de Carlos Drummond de Andrade, condensa questões filosóficas acerca da mobilidade de todas as coisas, refletindo também sobre problemas relacionados à fotografia e à memória. A consciência da fluidez do universo em contraste com a suposta fixidez da imagem capturada pela câmera provoca todo um incômodo no observador, o que será o assunto do texto. Este artigo faz uma análise cerrada do poema, correlacionando-o com reflexões de pensadores e estudiosos que trataram dos temas que o poeta brasileiro retoma e sintetiza.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Adriano de Paula Rabelohttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214550O dente do ancinho2023-11-30T11:52:11-03:00Víctor CatalàRaquel Abuin Siphone
<p>Tradução do conto “O dente do ancinho” (<em>La pua de rampí</em>, em catalão), de Victor Català.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Víctor Català; Raquel Abuin Siphonehttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214637Três poemas de Emily Brontë (1818-1848)2023-11-30T11:50:52-03:00Emily Brontë Júlia Mota Silva Costa
<p style="font-weight: 400;">Apresenta-se a tradução inédita em português brasileiro de três poemas da escritora inglesa Emily Brontë (1818-1848). Mundialmente conhecida pelo seu único romance, <em>Wuthering Heights </em>(1847), Brontë deixou cerca de 200 poemas, os quais, entretanto, permaneceram à margem da fortuna crítica da autora, particularmente no Brasil. Considerando-se que a única tradução da poesia de Emily Brontë editada em livro, no Brasil, é a de Lúcio Cardoso — uma seleção de 33 poemas, publicada na década de 1940 pela José Olympio, sob o título de <em>Vento da Noite, </em>hoje editada pela Civilização Brasileira —, com as traduções aqui apresentadas, pretende-se contribuir, conquanto timidamente, para minimizar essa lacuna de mais de 160 poemas nunca vertidos para o português brasileiro.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Júlia Mota Silva Costa; Emily Brontë https://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214453Literatura "de Sensação"2023-11-30T11:49:54-03:00Fernando Bufalari
<p>Tradução do texto anônimo “Sensation’ Literature” (1861), publicado no <em>Saunders, Otley & Co.’s The Literary Budget</em>. </p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Fernando Bufalarihttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214659A tempestade2023-11-30T11:54:09-03:00Kate ChopinAlexander Barutti Azevedo Siqueira
<p>Tradução do conto “A tempestade”, de Kate Chopin (1850-1904), publicado originalmente em 1898 e de domínio público. A tradução é acompanhada de uma breve apresentação, com informações sobre a autora, o conto e a justificativa da escolha de traduzi-lo, bem como a base teórica do tradutor. O texto traz notas explicativas de certas escolhas feitas pelo tradutor.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Alexander Barutti Azevedo Siqueira; Kate Chopinhttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214688Esboço sobre questões de Contemporaneidade e Autoria na obra de Valêncio Xavier2023-11-30T11:48:18-03:00Bruno Horemans
<p><span style="font-weight: 400;">O ensaio tem como objetivo tratar de questões sobre autoria e contemporaneidade na obra atípica do autor brasileiro Valêncio Xavier. São abordados questionamentos sobre a inserção do autor em uma literatura brasileira contemporânea que expresse a importância e as consequências dessa denominação, abrindo espaço mais amplo para reflexões sobre a sua obra. As problemáticas de autoria e reflexões sobre gênero literário são trazidas como desdobramento dessa chave de entendimento e oferecem possibilidade de análise que conseguem abarcar os modelos e formatos à primeira vista estranhos com que o autor trabalha em suas obras diversas.</span></p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Bruno Horemanshttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214613Cicatriz que faz lembrar: um espectro autobiográfico em "O homem duplicado", de José Saramago 2023-11-30T11:46:12-03:00Soraia Noronha
<p>O embate entre história e ficção é uma característica muito forte dos romances de José Saramago. Este ensaio procura discutir brevemente por quais caminhos a memória autobiográfica pode permear o romance <em>O homem duplicado</em>, que brinca de forma muito particular com os procedimentos performáticos do autor. Em seguida, sugere algumas justificativas para esse caso exemplar. </p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Soraia Noronhahttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214546Violência e viola: Torquato Neto entre canção e poema2023-11-30T11:44:11-03:00Zeno Queiroz
<p>O ensaio procede a uma breve leitura comparada de algumas obras cancionais e poéticas de Torquato Neto, a saber, duas letras diretamente ligadas ao Tropicalismo (“Geleia geral” e “Marginália II”) e dois textos concebidos, ao que tudo indica, como poemas “de livro” (“Cogito” e a primeira versão de “Literato cantabile”). Concentra-se a atenção no modo como o sujeito lírico manifesta a temporalidade no entrecruzamento de forma e conteúdo, a fim de, por intermédio das categorias temporais, pensar as convergências <em>e </em>as divergências entre canção e poema à luz das particularidades da poética torquatiana, de um lado, e da conjuntura histórico-social com a qual ela debate, de outro.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Zeno Queirozhttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214504Trauma e memória em "Por escrito", de Elvira Vigna2023-11-30T11:39:32-03:00Lúcia Helena do Nascimento
<p>Este artigo propõe uma leitura crítica do romance <em>Por escrito</em>, da brasileira Elvira Vigna (1947-2017), a partir das relações possíveis entre trauma, memória e ficção. Em uma espécie de carta que nunca será enviada, a narradora da obra retoma dois fatos traumáticos de sua vida (não saber quem é seu pai e a morte de uma amiga), e vê na escrita a possibilidade de reorganização e reflexão sobre as lacunas e vazios que compõem sua história.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Lúcia Helena do Nascimentohttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/214446A escrita a contrapelo: detalhes menores e a busca pela memória soterrada2023-11-30T11:38:00-03:00Matheus Menezes
<p>Este ensaio se propõe a analisar o romance “Detalhe Menor” da escritora palestina Adania Shibli. A análise se atenta à crítica feroz ao empreendimento colonial israelense sobre o território palestino, entendendo que o romance se enquadra dentro de um movimento maior de parte da literatura contemporânea, ou seja, narrativas que buscam revisar a história pelo ponto de vista do oprimido. Mobilizando a ideia de “escrever a história a contrapelo”, de Walter Benjamin, busca-se pensar a literatura como uma forma possível de escrever a história a contrapelo, isto é, uma escrita literária interessada em rever as continuidades e descontinuidades históricas por uma perspectiva que não a dos discursos oficiais.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Matheus Menezeshttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/213432Podem as coisas falar? De uma tela de Rembrandt a um poema de Montale2023-11-30T11:34:30-03:00Luís Felipe Ferrari
<p>Este ensaio busca aproximar duas obras marcadamente diferentes em gênero e contexto: uma natureza-morta do século XVII e um poema do segundo decênio do século XX. A comparação busca iluminar, a partir da afinidade estrutural percebida entre as obras, uma forma de configuração centrada na representação de objetos afastados da ação e da interação humanas. A análise procura salientar algumas tensões ligadas a essa estrutura (mergulho na objetividade ou liquidação do sujeito, descoberta do significado material e cultural dos objetos ou tendência à abstração?), indicando alguns dos valores contraditórios que a técnica da descrição pode conter.</p>
2023-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Luís Felipe Ferrarihttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/210668Khadijah (Maëlys)2023-07-10T09:45:02-03:00Luiz Ruffato
<p>Um conto de Luiz Ruffato.</p>
2023-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Luiz Ruffatohttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/210667Editorial2023-07-07T15:48:55-03:00Dimitri Takamatsu ArantesCésar MarinsThiago dos Santos MartiniukJoaquim Ferreira Mendes NetoMaria Elisa Perez PaganFabio Pomponio SaldanhaViviane Nogueira da Silva2023-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Magmahttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/210662As formas da urgência: crítica, docência e militância2023-07-13T12:04:48-03:00Ivone Daré RabelloGustavo AssanoThiago dos Santos MartiniukJoão PaceMaria Elisa Pagan
<p>Ivone Daré Rabello, professora aposentada do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada (FFLCH-USP), faz nesta entrevista um relato de sua trajetória como pesquisadora. Trajetória marcada pelo “sentimento de urgência” que pairava sobre sua geração, seu relato revela o engajamento político como vocação, ao modo de um baixo contínuo, sempre implicando a trajetória reflexiva da docente, desvelando as formas que assumiu a urgência em seu percurso.</p>
2023-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Ivone Doré Rabello, Gustavo Assano, Thiago dos Santos Martiniuk, João Pace, Elisa Paganhttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/210633Poemas2023-07-10T14:37:58-03:00Rogério Batalha
<p>Cinco poemas de Rogério Batalha: <em>Inútil reclamar,</em> <em>Não se ouvia barulho</em>, <em>Crianças noturnas</em>, <em>O vaqueiro</em> e <em>Bom mesmo</em>.</p>
2023-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rogério Batalhahttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/210632Poemas2023-07-10T14:37:35-03:00Paulo Pivaro
<p>Dois poemas de Paulo Pivaro: <em>À ausente</em> e <em>Demérito.</em></p>
2023-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Paulo Pivarohttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/210631Poemas2023-07-10T14:37:10-03:00Fernando Miranda
<p>Dois poemas de Fernando Miranda: <em>Metáfora noturna</em> e <em>Santa chuva</em>.</p>
2023-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Fernando Mirandahttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/210630Três pequenos contos2023-07-10T14:36:43-03:00Rafael Sousa Santos
<p>Três pequenos contos de Rafael Sousa Santos: <em>Elena e o marinheiro</em>, <em>Henrik e a prostituta</em> e <em>Klaus e a centopeia</em>.</p>
2023-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rafael Sousa Santoshttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/210628Monólogo a Conceição Evaristo2023-07-10T14:36:07-03:00Zainne Lima da Silva
<p>Um poema de Zainne Lima da Silva</p>
2023-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Zainne Lima da Silvahttps://www.periodicos.usp.br/magma/article/view/210624Uma cena de Fausto2023-07-10T09:51:23-03:00Aleksandr PúchkinJoaquim Ferreira Mendes Neto
<p>O assunto fáustico atravessa a obra de Púchkin. Ainda que o autor não tenha tido contato com a segunda parte da tragédia de Goethe, é possível enxergar inúmeros paralelismos do “fomentador” Fausto, nas palavras de Marshall Berman, em <em>O Cavaleiro de Bronze</em>. Em “Uma cena de Fausto”, Púchkin recorre a alguns motivos da história do homem que vendeu a alma ao diabo, os principais são: o esquecimento e o tédio do homem sem limites. Este que é ampliado na composição de Púchkin, para representar, como é típico do autor, temas estrangeiros tendo em vista necessidades históricas do seu país. Na presente tradução, optou-se por uma versão prosaica da “Cena de Fausto”.</p>
2023-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Aleksandr Púchkin; Joaquim Ferreira Mendes Neto