Kayka Aramtem: Saber e tradição de um sábio Arukwayene

Autores

  • Elissandra Barros da Silva Universidade Federal do Amapá
  • Carina Santos de Almeida Universidade Federal do Amapá
  • Adonias Guiome Ioiô Universidade Federal do Pará
  • Ramiro Esdras Carneiro Batista Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.11606/m4s7k381

Resumo

Wet (Manoel Antonio dos Santos) é o personagem principal deste filme. Ele é filho de uma Palikur com um não-indígena e neto do último grande xamã arukwayene, que esteve com o etnólogo Curt Nimuendajú em 1925, período em que este pesquisador permaneceu no rio Urucauá. Nimuendajú encontrou o avô de Wet na mesma pequena aldeia, Imawihg, habitada hoje por esse sábio, local onde ocorreu a Kayka. Tendo sido criado pelo avô após a morte precoce da mãe, Wet esteve por muitos anos renegado por seu povo, pois para os Palikur-Arukwayene o parentesco é dado pelo lado paterno. Contudo, Wet nunca saiu de sua terra, nunca viveu entre os parnah, como chama os não índios.

Biografia do Autor

  • Elissandra Barros da Silva, Universidade Federal do Amapá

    Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É docente efetiva do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal do Amapá, que atende as etnias Palikur, Karipuna, Galibi-Maworno, Galibi-Kalinã, Apalai, Waiana, Tiriyó, Kaxuyana e Wajãpi). Foi Coordenadora do PIBID - Área de Linguagens e Códigos (2010-2012). É líder do Núcleo Kusuvwi de Estudos Palikur-Arukwayene (NUKEPA) e Coordena a Ação “Saberes Indígenas na Escola Palikur”. Também desenvolve projetos de pesquisa com línguas indígenas, enfocando, principalmente, a descrição da língua Palikur e Kuruaya. Atua na área de Linguística, Descrição e Documentação de Línguas Indígenas e Educação Indígena.

  • Carina Santos de Almeida, Universidade Federal do Amapá

    Doutora em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (LABHIN/PPGH/UFSC), dedica-se aos estudos sobre a atuação da proteção tutelar nas regiões norte e sul do Brasil no século XX, com ênfase em História Indígena. Atualmente é docente no Curso de Licenciatura Intercultural Indígena (CLII) da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e integra a Ação “Saberes Indígenas na Escola” com o povo Palikur-Arukwayene (Amapá), sendo membro do Núcleo Kusuvwi de Estudos Palikur-Arukwayene (NUKEPA).

  • Adonias Guiome Ioiô, Universidade Federal do Pará

    Mestrando em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA); graduado em Licenciatura Intercultural Indígena, Área de Linguagens e Códigos, pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Durante a graduação foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e depois de formado continuou no PIBID, como supervisor. Participou de vários projetos de extensão e pesquisa, sempre relacionados com a língua e a cultura do seu povo. Foi um dos principais apoiadores do sábio Wet durante os preparativos da Kayka e foi escolhido pelo sábio como seu tradutor. Atualmente é professor de Cultura Indígena na Escola Indígena Estadual Moisés Iaparrá, na Aldeia Kumenê; orientador do Saberes Indígena na Escola Palikur e pesquisador do Núcleo Kusuvwi de Estudos Palikur-Arukwayene (NUKEPA).

  • Ramiro Esdras Carneiro Batista, Universidade Federal do Pará

    Cursa Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Pará/UFPA. Professor em regime de dedicação exclusiva da Universidade Federal do Amapá/UNIFAP, atuando com formação docente em nível superior de nove etnias indígenas dos estados do Amapá e Pará e titular do Conselho Consultivo do Parque Nacional do Cabo Orange/CONPARNA/AP. Membro do Núcleo Kusuvwi de Estudos Palikur-Arukwayene/NUKEPA-CNPq, tendo como áreas de interesse para pesquisa educação e escolarização; narrativas tradicionais; antropologia da guerra ameríndia; e gestão socioambiental em comunidades rurais.

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Publicado

2018-12-28

Edição

Seção

Vídeos Etnográficos

Como Citar

Silva, E. B. da, Almeida, C. S. de, Ioiô, A. G., & Batista, R. E. C. (2018). Kayka Aramtem: Saber e tradição de um sábio Arukwayene. Ponto Urbe, 23, 1-4. https://doi.org/10.11606/m4s7k381