Grafismo de Sangue: memórias da caça às baleias e intervenções urbanas na Paraíba dos anos 1980

Autores

  • Thiago da Silveira Cunha Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.11606/e9bx9581

Palavras-chave:

história oral, memória, graffiti, antropologia fílmica, João Pessoa

Resumo

O presente artigo explora questões referentes ao modus operandi da história oral, considerando suas intersecções com a etnografia. Para tal, será abordada a experiência de campo na coleta das narrativas memorialísticas do artista plástico Sandoval Fagundes. Este atua como importante personagem em episódios na trajetória da “arte urbana” pessoense dos anos 1980. Realizou murais e outras intervenções em protesto à caça e o esquartejamento de baleias praticadas no município de Lucena/PB. Desse modo, além de investigar traços antropológicos da história oral, o artigo promove reflexões acerca da prática da antropologia fílmica e do uso de aparelhos tecnológicos no trabalho de campo. Outros pontos abordados tratam da transcrição do material oral recolhido, da análise dos lapsos e silêncios. Em sua parte final, propicia um contato direto com a narrativa do artista sobre o tema.

Biografia do Autor

  • Thiago da Silveira Cunha, Universidade Federal da Paraíba

    Mestrando no PPGL - Universidade Federal da Paraíba

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Publicado

2018-12-28

Edição

Seção

Cir-Kula

Como Citar

Cunha, T. da S. (2018). Grafismo de Sangue: memórias da caça às baleias e intervenções urbanas na Paraíba dos anos 1980. Ponto Urbe, 23, 1-15. https://doi.org/10.11606/e9bx9581