O olhar de mulheres índias e não índias sobre a aids: convergências e singularidades*
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1980-220x2018032403552Palavras-chave:
Síndrome De Imunodeficiência Adquirida, Saúde Da Mulher, Saúde De Populações Indígenas, Enfermagem em Saúde PúblicaResumo
Objetivo: Analisar o modo como a aids se configura sob o olhar de mulheres índias e não índias. Método: Estudo descritivo, com abordagem mista, realizado em três aldeias indígenas e em município circunvizinho às aldeias. Utilizou-se de um roteiro de entrevista semiestruturado, constando dados de identificação e perguntas relacionadas à percepção da doença, modo de ver e sentir a aids. O corpus foi processado pelo software IRaMuTeQ e analisado pela Classificação Hierárquica Descendente, Análise de Conteúdo e Nuvem de Palavras. Resultados: Participaram 164 mulheres da etnia potiguara e 386 mulheres não índias. Foram conformadas três classes: “aids e suas repercussões”, “aspectos sociais, espiritualidade e sentimentos atribuídos” e “modos de transmissão”. Entre as mulheres não índias, há uma melhor compreensão quanto à etiologia, tratamento e modos de transmissão da aids. Entre as mulheres índias, os conteúdos circundam principalmente em elementos negativos, tais como: morte, medo, tristeza e preconceito. Conclusão: Presume-se que os conhecimentos produzidos nas interações se moldem de acordo com o contexto social e ganhem significação própria. Tais considerações podem contribuir para o direcionamento de políticas estratégicas de controle do HIV/Aids com foco nas especificidades étnicas/culturais.
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