Corpos miméticos
Uma interpretação do K-pop cover em São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2018.152928Palavras-chave:
cover, K-pop, mimesis, copia, dançaResumo
Apresento neste artigo uma interpretação da prática do cover do pop sul coreano (K-pop) para delinear possíveis consequências para a teoria da mimesis, quando discutida junto às práticas musicais mediadas por dispositivos eletrônicos como celulares, tablets e computadores, que cumprem a função de máquinas miméticas. A partir de um estudo etnográfico realizado entre 2013 e 2015 junto aos praticantes do cover de K-pop em São Paulo, busco mostrar como os fãs desse gênero musical compreendem a reprodução feita por eles mesmos das performances dos artistas sul coreanos em palcos paulistanos. A prática do cover de K-pop, nesse sentido, mais do que uma imitação, surge como uma ação que assumindo o lugar do artista sul coreano, (re)produz nos palcos paulistanos os efeitos de performance presentes nos videoclipes. Se as máquinas miméticas colocam o fã em contato com o ídolo sul coreano, o cover tenta “passar um pouco do que o idol passa” quando assume o lugar de performer nos palcos paulistanos, tornando-se um corpo mimético em performance. O argumento aqui é de que ao se tornar um corpo mimético, os covers de K-pop entreveem o ponto de vista do próprio artefato artístico na relação com seu público.
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