Papel cooperativo de c-MYC e E6/E7 de duas variantes moleculares do Papilomavírus Humano tipo 16 na proliferação e transformação in vitro de queratinócitos humanos primários
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i1p53-59Palavras-chave:
Proteínas oncogênicas, Transformação celular viral, Genes myc, Papillomavirus humano 16Resumo
As funções das oncoproteínas E6 e E7 do Papilomavírus Humano tipo 16 (HPV-16) na progressão de células epiteliais imortalizadas para tumores invasivos não são totalmente compreendidas. Aqui, estabelecemos uma nova ligação entre E6 e E7 de duas variantes moleculares de HPV-16 (AA e E-350G) e c-MYC, em relação à cooperação na promoção da transformação maligna de queratinócitos humano primários de prepúcio de recém-nascido (PHK). Nosso objetivo foi estudar os efeitos sinérgicos de E6/E7 e c-MYC na proliferação e no potencial de transformação in vitro de PHKs. Avaliou-se a proliferação celular através da expressão proteica do Antígeno Nuclear de Células Proliferantes (PCNA). Também avaliamos a capacidade de transformação, in vitro, dos PHKs através de dois ensaios complementares. Observamos que E-350G-c-MYC PHKs exibiram um aumento discreto na expressão de PCNA e formaram significativamente mais colônias tanto nos ensaios de soft-ágar quanto nos ensaios em placas de cultura de baixa adesão. No geral, concluímos que a variante E-350G co-transfectada com c-MYC pode promover a transformação celular maligna com eficiência maior do que a variante AA-c-MYC. As propriedades oncogênicas exibidas pela variante E-350G permitem entender em maior detalhe os mecanismos que podem levar à neoplasia cervical humana, dada a maior frequência de sua ocorrência na progressão de lesões precursoras de alto grau para carcinomas invasivos.