Efeitos da IL-7 na sepse: uma revisão sistemática

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i3p254-268

Keywords:

Sepsis, Interleukin-7, IL-7

Abstract

Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática é avaliar os efeitos e a possível relevância terapêutica da interleucina-7, um novo agente imunoadjuvante, contra a sepse. Fontes Dados: As bases de dados PubMed, Scopus, LILACS e SciELO foram percorridas por qualquer estudo que tivesse IL-7 como intervenção para sepse. Seleção do Estudo: Para cada fonte, um único autor foi encarregado de selecionar os estudos com base no título e resumo. Em seguida, os outros dois revisores leram o texto completo para avaliação da relevância. Resultados: Onze estudos foram selecionados, dos quais de seis estudos foram realizados em animais, quatro em células humanas ex vivo e um único ensaio clínico. Diversos parâmetros foram avaliados e reportados em cada um dos estudos, como melhor sobrevida em animais (3 estudos; n= 264); melhor contagem, ativação, secreção de citocinas, proliferação e sobrevivência de células; e maior contagem de linfócitos CD4+ e CD8+ em pacientes (1 ensaio; n= 27). As principais limitações foram a heterogeneidade dos estudos, além da complexidade da apresentação da sepse. Extração de Dados: Foram selecionados todos os dados relacionados ao uso intervencionista da IL-7 em pacientes sépticos. Dados de estudos em animais e in vitro foram selecionados conforme desfechos tanto de sobrevida geral quanto em marcadores de resposta imune. A extração de dados de cada estudo foi feita por um único autor, com posterior revisão pelos demais. A análise de viés foi feita pelos três autores em conjunto, sem metodologia específica. Conclusões: Embora a IL-7 como uma potencial opção terapêutica para sepse ainda exija maior investigação e mais ensaios clínicos, os estudos atuais mostram resultados promissores de como a interleucina pode agir contra a doença.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Filipe Oto Cunha de Moraes, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina (FMUSP)

    Artigo desenvolvido na Disciplina Optativa Abordagem Prática da Escrita Científica da Revista de Medicina – DCFMUSP (2018-2019).
    Acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP. 

  • Guilherme Tetsuo Yokoy Numakura, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina (FMUSP)

    Artigo desenvolvido na Disciplina Optativa Abordagem Prática da Escrita Científica da Revista de Medicina – DCFMUSP (2018-2019).
    Acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP. 

  • Larissa Tami Hokama, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina (FMUSP)

    Artigo desenvolvido na Disciplina Optativa Abordagem Prática da Escrita Científica da Revista de Medicina – DCFMUSP (2018-2019).
    Acadêmica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP. 

  • Francisco Garcia Soriano, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina (FMUSP)

    Artigo desenvolvido na Disciplina Optativa Abordagem Prática da Escrita Científica da Revista de Medicina – DCFMUSP (2018-2019).
    Orientador. Professor Doutor, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP. 

     

References

Singer M, Deutschman CS, Seymour CW, Shankar-Hari M, Annane D, Bauer M, et al. The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA. 2016;315(8):801-10. doi:10.1001/jama.2016.0287.

Delano MJ, Ward PA. Sepsis-induced immune dysfunction: can immune therapies reduce mortality? J Clin Invest. 2016;126(1):23-31. doi: 10.1172/JCI82224.

Patil NK, Bohannon JK, Sherwood ER. Immunotherapy: a promising approach to reverse sepsis-induced immunosuppression. Pharmacol Res. 2016;111:688-702. doi: 10.1016/j.phrs.2016.07.019.

Tang BM, Huang SJ, McLean AS. Genome-wide transcription profiling of human sepsis: a systematic review. Crit Care. 2010;14(6):R237. doi: 10.1186/cc9392.

Marshall JC. Why have clinical trials in sepsis failed? Trends Mol Med. 2014;20(4):195-203. doi: 10.1016/j.molmed.2014.01.007.

Hotchkiss RS, Monneret G, Payen D. Sepsis-induced immunosuppression: from cellular dysfunctions to immunotherapy. Nat Rev Immunol. 2013;13(12):862-74. doi: 10.1038/nri3552.

Boomer JS, Green JM, Hotchkiss RS. The changing immune system in sepsis: is individualized immuno-modulatory therapy the answer? Virulence. 2014;5(1):45-56. doi: 10.4161/viru.26516.

Mackall CL, Fry TJ, Gress RE. Harnessing the biology of IL-7 for therapeutic application. Nat Rev Immunol. 2011;11(5):330-42. doi: 10.1038/nri2970.

Francois B, Jeannet R, Daix T, Walton AH, Shotwell MS, Unsinger J, et al. Interleukin-7 restores lymphocytes in septic shock: the IRIS-7 randomized clinical trial. JCI Insight. 2018;3(5). doi: 10.1172/jci.insight.98960.

Unsinger J, McGlynn M, Kasten KR, Hoekzema AS, Watanabe E, Muenzer JT, et al. IL-7 promotes T cell viability, trafficking, and functionality and improves survival in sepsis. J Immunol. 2010;184(7):3768-79. doi: 10.4049/jimmunol.0903151.

Kasten KR, Prakash PS, Unsinger J, Goetzman HS, England LG, Cave CM, et al. Interleukin-7 (IL-7) treatment accelerates neutrophil recruitment through gamma delta T-cell IL-17 production in a murine model of sepsis. Infect Immun. 2010;78(11):4714-22. doi: 10.1128/IAI.00456-10.

Unsinger J, Burnham CA, McDonough J, Morre M, Prakash PS, Caldwell CC, et al. Interleukin-7 ameliorates immune dysfunction and improves survival in a 2-hit model of fungal sepsis. J Infect Dis. 2012;206(4):606-16. doi: 10.1093/infdis/jis383.

Shindo Y, Unsinger J, Burnham CA, Green JM, Hotchkiss RS. Interleukin-7 and anti-programmed cell death 1 antibody have differing effects to reverse sepsis-induced immunosuppression. Shock. 2015;43(4):334-43. doi: 10.1097/SHK.0000000000000317.

Shindo Y, Fuchs AG, Davis CG, Eitas T, Unsinger J, Burnham CD, et al. Interleukin 7 immunotherapy improves host immunity and survival in a two-hit model of Pseudomonas aeruginosa pneumonia. J Leukoc Biol. 2017;101(2):543-54. doi: 10.1189/jlb.4A1215-581R.

Kulkarni U, Herrmenau C, Win SJ, Bauer M, Kamradt T. IL-7 treatment augments and prolongs sepsis-induced expansion of IL-10-producing B lymphocytes and myeloid-derived suppressor cells. PLoS One. 2018;13(2):e0192304. doi: 10.1371/journal.pone.0192304.

Venet F, Foray AP, Villars-Mechin A, Malcus C, Poitevin-Later F, Lepape A, et al. IL-7 restores lymphocyte functions in septic patients. J Immunol. 2012;189(10):5073-81. doi: 10.1172/jci.insight.98960.

Demaret J, Dupont G, Venet F, Friggeri A, Lepape A, Rimmele T, et al. STAT5 phosphorylation in T cell subsets from septic patients in response to recombinant human interleukin-7: a pilot study. J Leukoc Biol. 2015;97(4):791-6. doi: 10.1189/jlb.5AB1114-545R.

Venet F, Demaret J, Blaise BJ, Rouget C, Girardot T, Idealisoa E, et al. IL-7 Restores T Lymphocyte Immunometabolic Failure in Septic Shock Patients through mTOR Activation. J Immunol. 2017;199(5):1606-15. doi: 10.4049/jimmunol.1700127.

Thampy LK, Remy KE, Walton AH, Hong Z, Liu K, Liu R, et al. Restoration of T Cell function in multi-drug resistant bacterial sepsis after interleukin-7, anti-PD-L1, and OX-40 administration. PLoS One. 2018;13(6):e0199497. doi: 10.1371/journal.pone.0199497.

Drewry AM, Samra N, Skrupky LP, Fuller BM, Compton SM, Hotchkiss RS. Persistent lymphopenia after diagnosis of sepsis predicts mortality. Shock. 2014;42(5):383-91. doi: 10.1097/SHK.0000000000000234.

Sereti I, Estes JD, Thompson WL, Morcock DR, Fischl MA, Croughs T, et al. Decreases in colonic and systemic inflammation in chronic HIV infection after IL-7 administration. PLoS Pathog. 2014;10(1):e1003890. doi: 10.1371/journal.ppat.1003890.

Sportès C, Hakim FT, Memon SA, Zhang H, Chua KS, Brown MR, et al. Administration of rhIL-7 in humans increases in vivo TCR repertoire diversity by preferential expansion of naive T cell subsets. J Exp Med. 2008;205(7):1701-14. doi: 10.1084/jem.20071681.

Downloads

Published

2021-07-30

Issue

Section

Artigos de Revisão/Review Articles

How to Cite

Moraes, F. O. C. de ., Numakura, G. T. Y., Hokama, L. T., & Soriano, F. G. (2021). Efeitos da IL-7 na sepse: uma revisão sistemática. Revista De Medicina, 100(3), 254-268. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i3p254-268