Paracoccidioidomicose: perfil clínico e epidemiológico de pacientes internados em Passo Fundo - RS
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v101i2e-194149Palavras-chave:
Paracoccidiodomicose, Doenças endêmicas, Pneumopatias fúngicasResumo
A paracoccidioidomicose não é uma doença de notificação obrigatória apesar de sua relevância na América Latina, por isso as estimativas de prevalência, incidência e morbidade dessa micose são baseadas em relatórios de levantamentos epidemiológicos, séries de casos, registros de hospitalização e dados de mortalidade. O objetivo desse trabalho foi descrever aspectos relacionados com o paciente, evolução da doença, confirmação diagnóstica e tratamento de casos confirmados de paracoccidioidomicose atendidos em um hospital de ensino do sul do Brasil. Foram coletadas informações de prontuários de 27 pacientes com diagnóstico de paracoccidioidomicose confirmado no período de 2010 até 2019. O perfil prevalente foi de um paciente do sexo masculino, com idade média de 53 anos, envolvido com atividades laborais diversas, de procedência urbana, imunocompetente e sem comorbidades, tabagista, mas não etilista. Para a maioria dos casos o acometimento inicial foi pulmonar, com importante envolvimento do sistema linfático no percurso da doença. A observação microscópica das estruturas fúngicas patognomônicas em amostras de biópsia, aspirado linfonodal e escarro foi o método mais utilizado para confirmar a suspeita clínica. O itraconazol foi a primeira opção de tratamento, seguido da anfotericina B.
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