Uns Baixa adesão à profilaxia pós-exposição ao HIV em um município do interior de São Paulo entre 2011 e 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i2e-221494

Palavras-chave:

HIV, Profilaxia pré-exposição, Profilaxia pós-exposição, Adesão, Tratamento, Antirretroviral, Prevenção

Resumo

Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) é uma doença que tem como agente etiológico o vírus da imunodeficiência humana (HIV), adquirido por via sexual, sanguínea e vertical, por meio de objetos perfurocortantes contaminados ou pelo contato com fluidos corporais. A infecção pode permanecer assintomática por anos, e a sintomatologia inicial pode ser inespecífica. A maior prevalência ocorre em homens que fazem sexo com homens, na faixa de 40 a 49 anos (44,4%), e 50 anos ou mais (52,8%) na categoria heterossexual. Nas mulheres, a principal categoria é a heterossexual (mais de 80%). Nos menores de 13 anos, a principal via de infecção é a vertical, e nos maiores, a sexual. A maior parte possui ensino médico completo e se declara como pardo. O tratamento da infecção pelo HIV é feito com fármacos antirretrovirais. A Profilaxia Pós-Exposição (PEP), indicada até 72 horas após a exposição ao HIV, consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir a infecção. Objetivos: Avaliar a adesão à PEP no município de Araraquara, de acordo com sexo, idade, escolaridade, estado civil, raça e profissão, a fim de promover maior conhecimento e maior adesão aos métodos preventivos ao HIV. Metodologia: Estudo transversal descritivo. Os dados dos pacientes que iniciaram a PEP no Serviço de Assistência Especializada (SAE), do Serviço Especial de Saúde de Araraquara (SESA), foram coletados do banco de dados do Sistema de Informação e Gestão em Saúde Pública (Sistema Juarez). Para análise dos dados, foi utilizado o programa Microsoft Power BI. Após essa etapa, houve promoção de educação sexual, por meio de panfletos e cartazes informativos, nas unidades de saúde do município, com foco nos desafios identificados por meio das informações coletadas. Resultados: A prevalência dos indivíduos que aderiram à PEP (9,2%) foi maior nos indivíduos do sexo masculino, entre 30 e 40 anos, raça branca, autônomos e com ensino superior completo. Conclusão: A maioria dos indivíduos que procuram pela PEP não aderiram a esse método de prevenção, logo, é necessário conscientizar a população alvo sobre a existência de métodos preventivos pré e pós-exposição sexual e a importância de finalizar a medicação e o seguimento, a fim de evitar a contaminação pelo HIV.  

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Publicado

2024-04-29

Edição

Seção

Artigos Originais/Originals Articles

Como Citar

Romero, G. S., Guimarães, G. P., Yamashita, B. H. ., Corregliano, J. R. ., De Ângelo, C. V. ., Nogueira, L. T. ., & Figueiredo, W. M. . (2024). Uns Baixa adesão à profilaxia pós-exposição ao HIV em um município do interior de São Paulo entre 2011 e 2020. Revista De Medicina, 103(2), e-221494. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i2e-221494