Terapia ocupacional e sociedade

Autores

  • Denise Dias Barros Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Maria Isabel Garcez Ghirardi Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Roseli Esquerdo Lopes Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.rto.1999.224493

Palavras-chave:

Terapia ocupacional, tendências, Sociedades, Socialização

Resumo

A discussão da área social na terapia ocupacional teve início nos anos setenta, quando alguns terapeutas ocupacionais atentos aos movimentos sociais do país, compreenderam a dimensão político-social de sua ação e reivindicaram a participação em projetos e em instituições até então distantes da preocupação e da formação dos profissionais de saúde. Nessa época, o terapeuta ocupacional pôde pleitear uma atuação em espaços educativos e, principalmente, corretivos, merecendo destaque aqueles junto aos menores, idosos e presidiários. O interesse pelas questões sociais levou ao questionamento das formas tradicionais de se conceber os campos da terapia ocupacional. Novas práticas e idéias foram transformando o conhecimento na área e evidenciando a divisão existente na prática que encobria uma fragmentação mais séria: a da pessoa assistida. O 'paciente' vinha, acriticamente, transformado (pelo profissional) em partes não comunicantes de um todo abstrato ou, quando muito, em aspetos - físicos, mentais, psicológicos e sociais. Cremos que o questionamento dessa realidade, abrindo novas formas da ação do técnico, foi a mais significativa contribuição que a discussão provocada pelo 'social' trouxe. Parece-nos fundamental revisitar esta discussão no sentido de buscar nexos que dêem conta de uma terapia ocupacional que vem constituindo-se fora do eixo estruturador saúde-doença. Trata-se de problematizar a relação entre terapia ocupacional e a sociedade e a cultura na qual sua ação se inscreve, delineando princípios metodológicos que permitam pensar a prática, transcendendo o momento empírico sem contudo aprisionar a reflexão em teorias redutoras ou em modelos pré-definidos, que impossibilitam a compreensão do movimento do real, da história e da vida em seu contexto.

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Biografia do Autor

  • Denise Dias Barros, Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina

    Profa. Doutora do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo.

  • Maria Isabel Garcez Ghirardi, Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina

    Profa. Assistente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Doutoranda em Psicologia pela Universidade de São Paulo.

  • Roseli Esquerdo Lopes, Universidade Federal de São Carlos

    Profa. Adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos. Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas.

Referências

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Publicado

1999-12-10

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Barros, D. D., Ghirardi, M. I. G., & Lopes, R. E. (1999). Terapia ocupacional e sociedade. Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 10(2-3), 69-74. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.rto.1999.224493