Racial profiling in drug trafficking processes: a case study in Belo Horizonte

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2023.210799

Keywords:

Drug trafficking, Race, Speeches, Criminal justice system, Racial inequalities

Abstract

In this article, we analyze how racial profiling happens throughout the processing flow for drug trafficking in the Belo Horizonte criminal justice system. For that, we used quantitative data (derived from criminal cases filed between 2007 and 2017) and qualitative data (produced through semi-structured interviews with prosecutors, judges and defenders who worked in drug courts in 2018). The results point to the subterfuges mobilized by legal operators to guarantee racial discrimination, even though the word race is not always present in this operation.

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Author Biographies

  • Daniely Reis, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora no Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp/UFMG). Possui mestrado em Sociologia e graduação em Direito, ambos na UFMG. Foi diretora de políticas de ações afirmativas na Pró-reitoria de Assuntos Estudantis da UFMG.

  • Ludmila Ribeiro, Universidade Federal de Minas Gerais

    Professora associada no Departamento de Sociologia na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora no Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp/UFMG). Possui doutorado em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), mestrado e graduação em Administração Pública pela Fundação João Pinheiro e graduação em Direito pela UFMiG. Foi pesquisadora visitante na University of Florida, na University of Groningen e na Texas State University.

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Published

2023-08-15

Issue

Section

Articles

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How to Cite

Reis, D., & Ribeiro, L. (2023). Racial profiling in drug trafficking processes: a case study in Belo Horizonte. Tempo Social, 35(2), 189-217. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2023.210799